quarta-feira, 29 de maio de 2013

COMISSÁRIOS DE BORDO SÃO PRESOS.

28/05/2013-23h40

DE SÃO PAULO - UOL.
Dois comissários de bordo de uma companhia aérea americana foram presos na manhã desta terça-feira após desembarcarem no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande São Paulo). A Polícia Federal não informou o nome da empresa em que eles trabalham.
Os dois comissários estavam em um voo vindo de Miami, nos Estados Unidos, quando foram flagrados com os produtos escondidos sob as roupas ao passarem pelo raio-X. Foram encontrados com eles 14 smartphones, quatro tablets, três relógios, além de vários CDs de jogos.
Segundo a Polícia Federal, os tripulantes --de 45 e 46 anos-- usavam bermudas justas, elásticas, sob as calças dos uniformes, para manterem junto ao corpo os produtos, que seriam vendidos no Brasil. Os nomes dos dois comissários não foram informados.
Os dois foram presos e poderão responder por descaminho (importação ilegal de produtos), cuja pena varia de 2 a 8 anos de prisão. Segundo a polícia, a pena poderá ainda ser aplicada em dobro devido ao meio de transporte utilizado (aéreo).

terça-feira, 28 de maio de 2013

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - MORRE DENTISTA QUEIMADO

Morre dentista que teve corpo queimado por criminosos em SP

Do UOL, em São Paulo
  • Reprodução/Facebook - 28.mai.2013
    Reprodução de rede social de foto do dentista Alexandre Peçanha Gaddy que teve corpo queimado após dois criminosos armados invadirem seu consultório odontológicoReprodução de rede social de foto do dentista Alexandre Peçanha Gaddy que teve corpo queimado após dois criminosos armados invadirem seu consultório odontológico
Morreu na noite desta segunda-feira (4) o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, que teve o corpo queimado por criminosos durante suposta tentativa de assalto no consultório dele em São José dos Campos (a 97 km de SP).
O dentista faleceu por volta das 22h30 no hospital israelita Albert Einstein, no Morumbi, zona sul de São Paulo, para onde foi transferido na última quinta-feira (30). Até então, ele estava na Santa Casa de São José dos Campos.
Mais cedo, um boletim médico divulgado pelo hospital apontava que Gaddy seguia internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) "em estado crítico", mas agora "com agravamento do estado geral, devido à longa extensão de queimaduras sofridas (mais de 50% do corpo) e sendo a maioria dessas lesões de terceiro grau".
Gaddy foi encontrado ainda consciente por policiais e contou que dois criminosos invadiram o seu consultório por volta das 21h da última segunda-feira (27). Como não encontraram dinheiro no local, eles atearam fogo contra o corpo do dentista.

Investigação

Passada uma semana do crime, a Polícia Civil de São Paulo admitiu nesta segunda-feira que ainda não identificou nenhum suspeito de ter ateado fogo no dentista.



3/6/2013 às 01h10

Mãe de dentista queimado em assalto deve ser ouvida pela polícia nesta segunda-feira

Uma semana após o crime, polícia ainda não identificou nenhum suspeito



Do R7

Assalto no consultório aconteceu na última segunda-feira (27)Reprodução/Rede Record
A mãe do dentista Alexandre Gaddy, 41 anos, que teve 60% do corpo queimado durante assalto em um consultório em São José dos Campos deve prestar depoimento nesta segunda-feira (03) na DIG (Delegacia de Investigações Gerais).
Para tentar encontrar os suspeitos do crime, a polícia já ouviu uma secretária do consultório e a ex-mulher de Alexandre, que também é dentista. Ela contou que o seu consultório também foi alvo de um assalto em janeiro deste ano. Na época, os criminosos roubaram o notebook do local.
A polícia agora investiga se existe alguma relação entre os crimes. Já o dentista Alexandre Gaddy foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Albert Einstein na zona oeste da capital paulista, na última quinta-feira (30). Ele continua em estado crítico e não tem previsão de alta.
Denúncias
A Polícia Civil de São José dos Campos pediu a colaboração da população para prender os suspeitos. Quem tiver qualquer informação sobre possíveis autores pode ligar no Disque-Denúncia, pelo número 181. O serviço é gratuito, válido para todo o Estado, e não é necessário se identificar. Também é possível fazer a denúncia pelo 190 da Polícia Militar. Porém, até o momento, poucas denúncias foram feitas e nenhum suspeito identificado.
Familiares do dentista também estão sendo ouvidos. O objetivo é saber mais informações sobre o comportamento de Alexandre que possam ajudar a desvendar o crime. A principal linha de investigação continua sendo a tentativa de roubo. Isso porque o próprio dentista contou que dois homens encapuzados entraram na clínica e pediram dinheiro. Ele teria colocado a mão no bolso para retirar o celular. Foi quando os criminosos atearam fogo. O frasco de álcool e o isqueiro usados no crime ficaram na clínica.
São Bernardo do Campo
Um outro caso envolvendo uma dentista chocou o País em abril deste ano. Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, foi queimada viva durante um assalto dentro de seu consultório, na rua Copacabana, bairro do Jardim Anchieta, em São Bernardo do Campo. De acordo com a Polícia Militar, Cinthya atendia a uma paciente — cujo nome não foi divulgado — quando criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos disse que precisava de atendimento odontológico e a dentista abriu o portão. Logo, mais dois invadiram a casa. A paciente ficou com os olhos vendados durante toda a ação e teve a bolsa, o celular e dinheiro roubados.
Cinthya disse que estava com pouco dinheiro, mas forneceu o cartão do banco e a senha. Os criminosos sacaram R$ 30 da conta da dentista em um banco próximo ao local do crime.
Segundo a paciente, única testemunha do crime, por volta das 12h30, a dentista começou a passar mal e um dos bandidos, que aparentava ser menor de idade, resolveu encharcá-la com álcool para assustá-la. Segundo informações da polícia, eles queimaram a vítima por não terem conseguido levar mais dinheiro.
De acordo com o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a paciente — que não ficou ferida — conseguia ouvir a dentista gritando "naõ faz isso" e pedindo socorro.
— Ela tentou apagar o fogo quando os bandidos fugiram, mas não foi possível. A dentista morreu em menos de três minutos.
 

 

 

 

BRASIL28/05/2013 - 11h20

Dentista tem 60% do corpo queimado em assalto em São José dos Campos

Igualmente ao caso ocorrido um mês atrás, ladrões teriam ateado fogo em dentista após uma tentativa de assalto
notícia


Reprodução/Facebook



O dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, teve seu corpo queimado durante um assalto em seu consultório, em São José dos Campos, no interior de São Paulo, na noite dessa segunda-feira (27). Alexandre foi socorrido pela polícia ainda lúcido e foi levado ao Pronto-Socorro da Vila Industrial, onde se encontra em estado grave.
O crime foi cometido um mês e dois dias após a também dentista Cinthya Magaly Moutinho de Sousa ter morrido queimada por ladrões dentro de seu consultório, em São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. Ao concluir o inquérito, a polícia pediu a prisão dos acusados.
A Polícia Civíl informou que Gaddy foi resgatado consciente e disse que sofreu tentativa de roubo de dois homens encapuzados, que atearam fogo em seu corpo.
Ainda de acordo com a polícia, ele teve 60% do corpo queimado.

Segundo o site IG, uma testemunha ajudou a salvar Alexandre. Mauro Lopes Duarte estava passando perto do consultório, na Rua dos Periquitos, 923, na Vila Tatetuba, dentro da Vila Industrial de São José dos Campos, quando fez o alerta a tempo de ser feito o resgate.
Uma funcionária do Pronto Socorro da Vila Industrial informou que Alexandre Peçanha passou por uma cirurgia na madrugada e está na UTI em estado grave. A vítima se formou em odontologia na Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP).
Ainda de acordo com o site IG, o consultório possui uma câmera de segurança logo na entrada, mas ainda não se sabe se imagens foram registradas. O crime foi registrado no 1º DP de São José dos Campos, mas a investigação será feita pelo 5º DP.
A irmã de Alexandre, Mariane Peçanha Gaddy, informou que ele se encontra em estado gravíssimo. Ela ainda afirma que a família espera um boletim médico atualizado no final desta manhã, para então falar com a imprensa.

 

 

Dentista corre risco de morte, diz Santa Casa de São José dos Campos (SP)


Janaina Garcia
Do UOL, em São José dos Campos (SP)
 
É grave, com risco de morte, o quadro clínico do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, queimado em uma tentativa de assalto na noite desta segunda-feira (27) no consultório em que atendia, em São José dos Campos (97 km de São Paulo).
Gaddy foi transferido no final da manhã desta terça (28) à ala de queimados da Santa Casa da cidade, onde está internado e sedado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

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Onda de crimes no Estado de São Paulo170 fotos

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28.mai.2013 - Reprodução de imagem de câmera de segurança registra o momento em que um suspeito aparece correndo após o assalto em que o dentista Alexandre Peçanha Gaddy foi queimado em seu consultório odontológico, em São José dos Campos (a 97 km de São Paulo), na noite desta segunda-feira (27) Polícia Civil de São José dos Campos/Futura Press
De acordo com o diretor clínico da Santa Casa, José Roberto Tavares, o paciente chegou em estado de choque, com desidratação profunda e queimaduras graves em 60% do corpo. Segundo o médico, apenas as pernas do dentista foram preservadas do fogo --rosto, braços, tórax e pescoço, por exemplo, foram atingidos.
"Ele precisa de uma reposição de líquidos grande, pois, em geral, ocorre uma desidratação profunda nas primeiras horas. Está sedado, pois tem uma queimadura extensa e de grave proporção, e precisa ter a pressão e o metabolismo restabelecidos --pela extensão da lesão, o paciente já apresenta quadro de insuficiência renal", explicou o diretor.

Raio X de São José dos Campos


População:629.921
Área:1.099,409 km²
Gentílico:Joseense
  • Fonte: Censo 2010, IBGE
Conforme Tavares, as queimaduras são de terceiro grau e colocam Gaddy em risco, uma vez que esse tipo de lesão torna o paciente, explicou, mais suscetível a infecções.
"Não tem prazo para ele ficar internado; é muito dolorosa a situação do paciente, por isso a sedação", comentou.

Último leito

O dentista chegou a ser atendido em um pronto-socorro municipal logo após o crime. Só conseguiu a vaga na Santa Casa, disse um dos responsáveis pela instituição, Benjamin Bueno, "porque um paciente saiu hoje cedo e liberou um leito da UTI". "Estamos lotados, e nosso prejuízo mensal tem sido da ordem de R$ 180 mil", disse.

A Santa Casa tem convênios com o poder público. Das 12 vagas da ala de queimados, hoje à tarde, todas estavam ocupadas. Os pacientes são oriundos do Vale do Paraíba e do Sul de Minas Gerais.

domingo, 26 de maio de 2013

EDITORA ABRIL GIANCARLO CIVITA SUCEDE A ROBERTO CIVITA .



Missão | 27/05/2013 17:54


Giancarlo Civita promete seguir com o legado do pai


Em discurso de despedida, Giancarlo Civita, que assumiu as funções de Roberto Civita no Grupo Abril, reforçou compromisso com a educação e a liberdade de expressão


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FLAVIO A. SANTANA/BIOFOTO
Giancarlo Civita, presidente executivo do Grupo Abril, e Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e diretor Editorial, no coquetel em comemoração a aquisição do grupo Anglo, no Terraço Abril
Roberto Civita com o filho Giancarlo: crença na educação e na liberdade de expressão como fundamentos para um Brasil "de verdade"

São Paulo - No encerramento do velório de Roberto Civita, presidente do conselho do Grupo Abril, seu filho Giancarlo Civita prometeu ser fiel ao legado deixado pelo empresário. "Reiteramos o compromisso que já havíamos feito a ele de perseverar na busca da verdade, na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e no fortalecimento das instituições democráticas no Brasil", afirmou Giancarlo Civita, em discurso de despedida no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, São Paulo.
Roberto Civita faleceu na noite de domingo após sofrer falência múltipla de órgãos. Em fevereiro, ele havia passado por uma cirurgia para correção de um aneurisma abdominal. Desde então, estava internado no hospital Sírio Libanês, na capital paulista.
Em março, Giancarlo assumira interinamente as funções do pai na holding. Durante a cerimônia na tarde de hoje, ele reiterou que Roberto Civita era um entusiasta do Brasil. "Durante toda sua vida ele mostrou em atos e palavras que uma nação de verdade, viável e justa, não nasce ao acaso. Ela precisa ser construída", disse.
Gianca, como é chamado na Abril, lembrou que o pai foi o mais brasileiro dos brasileiros - não por ter nascido aqui, porque era italiano de nascimento - mas por ter optado por ser brasileiro.
"Ele tinha certeza de que as ferramentas para a construção da nação são a educação e a liberdade de expressão. A esses dois fundamentos, que ele via como inseparáveis, nosso pai dedicou sua vida", disse Gianca. Ele reforçou que esse foi o legado deixado pelo pai - e que ele seria seguido com fidelidade pelos seus herdeiros.
Além de Giancarlo, Civita também deixa os filhos Roberta e Victor, sua mulher Maria Antonia e seis netos e enteados.
Veja o discurso na íntegra de Giancarlo Civita, que assume como presidente do conselho do Grupo Abril:
"A dor indescritível da perda de nosso pai torna-se suportável somente pela certeza de que ele teve uma vida plena em que fez frutificar suas convicções em uma obra memorável.
Roberto Civita foi um líder, uma referência de pensamento e ação em benefício da democracia e do avanço social, econômico e cultural do Brasil. Nosso pai era um entusiasta do Brasil. Ele acreditava no Brasil.
Durante toda sua vida ele mostrou em atos e palavras que uma nação de verdade, viável e justa não nasce ao acaso. Ela precisa ser construída.
Ele tinha certeza de que as ferramentas para isso são a educação e a liberdade de expressão. A esses dois fundamentos, que ele via como inseparáveis, nosso pai dedicou sua vida.
Como seus filhos, reiteramos o compromisso que já havíamos feito a ele de perseverar na busca da verdade, na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e no fortalecimento das instituições democráticas no Brasil.
Esse foi o legado que ele recebeu do nosso avô, Victor Civita. Esse é o legado que eles no deixou. Vamos ser fiéis a ele."






26/05/2013-23h01

Roberto Civita, presidente do Grupo Abril, morre em São Paulo aos 76 anos


DE SÃO PAULO
 
O empresário Roberto Civita morreu neste domingo (26) em São Paulo aos 76 anos, vítima de complicações cardíacas. De origem italiana, era presidente do Grupo Abril, uma das maiores empresas brasileiras de comunicação, e editor da "Veja", a maior revista semanal do país, com circulação de mais de 1 milhão de exemplares.
Era também diretor editorial da Abril S.A., com 9 mil funcionários e faturamento de R$ 2,98 bilhões em 2012, da qual faz parte a Editora Abril. Fundada em 1950 pelo pai de Roberto, a editora publica 52 títulos, entre eles as revistas "Exame", "Claudia", "Playboy", "Quatro Rodas" e "Placar".
Zanone Fraissat - 8.out.2012/Folhapress
Roberto Civita, presidente do grupo Abril, na Sala São Paulo, em outubro de 2012
Roberto Civita, presidente do grupo Abril, na Sala São Paulo, em outubro de 2012
Em entrevista ao jornal "Valor Econômico" em 2012, ao falar sobre as reações fortes provocadas pela "Veja", revista que com o passar dos anos se tornou mais assertiva e polêmica em suas posições editoriais, Roberto Civita defendeu o título.
"Se você não está gerando reações fortes, está fazendo algo errado. Não acredito em imprensa que quer agradar a todo mundo. Por que você faz uma revista? Só para ganhar dinheiro? Eu acho que vem junto uma responsabilidade. Eu falo isso há 50 anos... Para todo mundo. Para os meus filhos. Eles não gostam, mas eu falo. Se você não quer ter a responsabilidade, vai fazer álcool, vai plantar batata."
Filho do empresário Victor Civita e de Sylvana Alcorso, Roberto Civita nasceu em Milão em 9 de agosto de 1936. Três anos depois, sua família abandonou a Itália quando o regime fascista intensificou a perseguição contra os judeus. Em 1939, partiram para Londres, onde nasceu Richard, irmão de Robert, e a seguir foram para os Estados Unidos.
A família viveu dez anos nos EUA, país em que seu pai se tornou sócio de uma fábrica de embalagens. Em 1949, visitou a Itália, onde Victor reencontrou seu irmão César, que havia se estabelecido na Argentina e lá editava a revista "El Pato Donald", sob licença da Disney. César lhe disse que o Brasil lhe parecia um mercado promissor. Victor viajou com o irmão para conhecer sua editora na Argentina e, ainda em 1949, estabeleceu-se em São Paulo.
Sua família o seguiu em 1950, quando Victor lançou a edição brasileira de "O Pato Donald". Roberto concluiu o segundo grau em São Paulo e logo voltou aos EUA. Entrou em física nuclear no Texas, mas se arrependeu e se transferiu para a Universidade da Pensilvânia, onde se formou em economia pela Wharton Business School em 1957, especializando-se em jornalismo com um estágio na revista "Time".
Retornou ao Brasil em 1958 para trabalhar na editora do pai. Em 1966 Roberto lançou a revista "Realidade", inspirada na revista "Life". Um ano depois criou "Exame", inspirada na "Fortune". Em 1968 lançou "Veja" e em 1975 criou a "Playboy" brasileira.
Em 1982, o conglomerado foi dividido, e Roberto ficou com as revistas. Após a morte do pai, em 1990, procurou diversificar o grupo: criou a MTV em 1990, a TVA em 1991 e a DirectTV em 1996. As dívidas contraídas, porém, o obrigaram a se desfazer de parte dos empreendimentos. Em 1999, saiu da DirectTV e, em 2012, desfez-se da TVA.
Em 2006, associou-se ao grupo sul-africano Naspers. Na entrevista ao "Valor", Roberto definiu o sócio estrangeiro como "gentil, afetuoso e amigo": "Eles têm 30%, menos na [Abril] Educação, e não se metem." Parte do Grupo Abril, a unidade de educação teve receita líquida de R$ 883,5 milhões no ano passado.
Roberto Civita deixa a mulher, Maria Antonia Magalhães Civita, os filhos Giancarlo Civita, Victor Civita Neto e Roberta Anamaria Civita, e seis netos.

HOJE É O DIA DO PROFISSIONAL LIBERAL !!


Profissionais Liberais: saiba quem são

No mês de maio é comemorado o dia do profissional liberal. Veja aqui qual o perfil desses trabalhadores e suas vantagens e desvantagens no mercado de trabalho

O profissional liberal é aquele que tem total liberdade para exercer a profissão após concluir o ensino universitário ou técnico.
São pessoas físicas que prestam serviços em sua área de trabalho. Entre esses profissionais estão médicos, advogados, jornalistas, dentistas, psicólogos, arquitetos, entre outras categorias.
Estes profissionais podem constituir uma empresa, com finalidade de prestação de serviço, o que implica, no Brasil, fazer um contrato social, registrado em Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
Hoje, as empresas optam por contratar esses profissionais de forma contratual ou terceirizada, em razão do custo beneficio que é bem menor e não se exige tanta burocracia.

Vantagens

  • A vantagem número um de ser um profissional liberal:
É você não ficar preso as vagas do mercado de trabalho, podendo atuar na área que escolheu por conta própria.
  • Outra vantagem é a flexibilidade de horário.
Mesmo tendo de que cumprir prazos com clientes, este profissional consegue estipular seus horários de trabalho.

Desvantagens

  • Já a desvantagem consiste nos impostos e encargos.
Numa empresa, seriam divididos entre você e o patrão. Em se tratando de autônomo, caem 100% nas costas do profissional, que também deve pagar pelos seus próprios benefícios, por exemplo: férias remuneradas, plano de saúde, FGTS e aposentadoria.
  • Não poder contar com uma quantia fixa e garantida todo mês seria um ponto negativo.
Por outro lado, sabe-se que, dependendo da produtividade, muitos profissionais podem vir a ganhar muito mais do que ganhariam se estivessem empregados com carteira assinada.

Liberal x Autônomo - Qual a diferença?

Os trabalhadores liberais e autônomos são facilmente confundidos e colocados como sinônimos, mas pela lei são diferentes:
  • O profissional liberal pode estabelecer uma empresa como também pode ser empregado.
SEMPRE tem formação universitária ou técnica e fica registrado de acordo com as leis trabalhistas.
  • Já o termo autônomo é usado para indicar quem trabalha por conta própria, sem vinculo empregatício.
Exemplo: pintores, eletricistas, bombeiros hidráulicos, encanadores, entre outros.

Direitos e a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas)

    O profissional autônomo necessita apenas do registro na Prefeitura Municipal e inscrição na Previdência Social para fins de benefícios previdenciários. Nesta condição, não terá cartão de CNPJ, entretanto, pode confeccionar notas fiscais que comprovem a prestação de serviços e que servirão como base para a apuração dos tributos devidos. Mesmo estando em situações diferentes, ambos profissionais precisam de cadastro para comprovar o trabalho e ficar ciente de seus direitos.

    Segundo a CLT:

    • Art. 2º :
    Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
    §1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados
    § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas
    • Art. 3º:
    Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário

    Referência: IBGE

    Ministério do Trabalho

    ESCOLAS ESTADUAIS - FOTOS DOS ALUNOS.

    26/05/2013-02h15

    Escolas estaduais vão fotografar alunos para casos de buscas

     
    JAIRO MARQUES
    DE SÃO PAULO
     
    Todas as 5.300 escolas estaduais de São Paulo vão ter de fazer imagens fotográficas de seus alunos anualmente. A iniciativa será tomada para auxiliar a polícia em casos de desaparecimento.
    A decisão já foi tomada e envolve diversas secretarias estaduais, como Educação, Justiça e Segurança Pública.
    Com a foto, é possível multiplicar os meios de procura com a exposição em diversos meios, fazer comparações com retrato falado e atualizar a aparência da vítima ao longo dos anos.
    Até março deste ano, 1.854 crianças e adolescentes de 0 a 18 anos foram dados como desaparecidos no Estado de São Paulo. No ano passado todo, foram 7.662 casos, sendo que 10% deles é o percentual estimado de vítimas com algum tipo de deficiência.
    "As escolas vão alimentar um banco de dados que guardará essas imagens com todo o sigilo. A rede escolar vai ser capacitada para abraçar a causa dos desaparecidos ajudando a identificar vítimas e com ações de prevenção ao desaparecimento", diz a secretaria estadual dos Direitos da Pessoas com Deficiência, Linamara Rizzo Battistella, que encabeça o projeto.
    A violência doméstica, em todas as classes sociais, é a principal causa geradora do desaparecimento, de acordo com levantamentos feitos nas bases de dados das vítimas.
    "Há um número importante de crianças que somem, mas reaparecem. Porém, para uma segunda ocorrência, há menos registros. É importante que os pais ajam com rapidez diante da suspeita do desaparecimento. Não dá para ficar esperando muito", afirma Battistella.
    A empregada doméstica Maria Zélia Soares Araújo, 49, procura o filho Amadeu César Augusto há três anos.
    Ele tem deficiência intelectual, com dificuldade de fala e compreensão. Sumiu quando andava nas redondezas de casa, aos 23 anos.
    Segundo a mãe, é importante que surjam novas iniciativas para ajudar a reencontrar pessoas, mas critica a falta de treinamento dos agentes públicos para lidar com a questão.
    Karime Xavier/Folhapress
    Software da polícia faz envelhecimento de fotos, o que ajuda a buscar desaparecidos
    Software da polícia faz envelhecimento de fotos, o que ajuda a buscar desaparecidos
    ESPERA
    "Até hoje, aguardo um carro de polícia chegar em casa para me ajudar nas buscas, aguardo o disque denúncia me dizer alguma coisa. Os policiais tinham de saber orientar e auxiliar melhor as famílias que vivem esse drama, não basta só registrar um boletim de ocorrência", afirma.
    Maria Zélia já fez buscas sozinha, em meio à cracolândia (centro). "Nunca pedi bolsa de assistência ao governo, mas queria que me ajudassem a ter meu filho de volta."
    Segundo a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em grandes eventos, como Copa e Olimpíada, o potencial de crescimento do número de desaparecimento é grande. "Há grupos que ficam de olho nas multidões para capturar pessoas. Temos de nos preparar."

    sexta-feira, 24 de maio de 2013

    O MUNDO A SEUS PÉS.




    Emocionante discurso proferido pelo professor Luís Roberto Barroso em formatura da UERJ
    "Creio no bem, na justiça, no amor e na tolerância. E creio na gentileza e no bom humor como uma boa forma de realizá-los". Esse o tema do discurso de formatura da última turma da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, que teve como paraninfo o professor Luís Roberto Barroso. A pedido de Migalhas, o constitucionalista reviu a versão degravada do texto, intitulado 'O mundo aos seus pés', publicado aqui com exclusividade.
    • Confira abaixo o discurso na íntegra.
    ________
    O MUNDO AOS SEUS PÉS
    Luís Roberto Barroso
    I. INTRODUÇÃO












    Há coisas na vida que não se repetem. São sempre como se fora a primeira vez. Ser paraninfo de uma turma como a de vocês é uma delas. A alegria profunda que senti quando Thiago e Julia – representando toda a turma – me trouxeram a notícia da escolha do meu nome e a emoção genuína que eu sinto nessa tribuna documentam que esse é um momento único. Gostaria de dizer a vocês nessa hora de despedida algumas coisas que talvez possam ajudá-los a viver uma vida boa, uma vida ética, uma vida feliz. Alguns valores e crenças que cultivo. Não crenças religiosas, que a religião é um espaço da vida privada. Mas uma fé racional, uma atitude diante da vida.
    Aqui vão elas: Creio no bem, na justiça, no amor e na tolerância. E creio na gentileza e no bom humor como uma boa forma de realizá-los.


    II. BEM
    Creio no bem, mesmo quando não posso vê-lo. Mesmo quando não consigo entender exatamente porque as coisas acontecem. Creio no bem como uma energia permanente e crescente, desde o início dos tempos. A força propulsora do processo civilizatório, que nos levou de uma época de aspereza, de sacrifícios humanos e de tiranias diversas à era dos direitos humanos, da democracia, da busca da dignidade da pessoa humana. Minha crença sofre, mas não se abala, com o fato de que estas não são realidades concretas em todas as partes do mundo nem para toda a gente. As idéias demoram um tempo razoável desde quando conquistam corações e mentes até se incorporarem efetivamente à vida das pessoas. Mas o rumo certo é mais importante do que a velocidade .
    O Bem é feito da boa-fé, essa conquista do espírito, que consiste em não querer passar os outros para trás. E de bons sentimentos, que é a atitude positiva e unilateral de querer bem às pessoas em geral. Um dos segredos da vida é jamais dar reciprocidade a mau-sentimento. Ah, sim: quando falo do Bem, não me refiro a um bem ascético, sisudo, circunspecto, que não perde o vinco nem desmancha o cabelo. Falo de um Bem que não sacrifica a alegria de viver, que tem olhos de ver, que se amassa e se descabela. Que sabe escolher bem. E que acredita, com Fernando Sabino, que no final, tudo acaba bem. Se ainda não está bem, é porque não chegou ao fim. Eis aí minha primeira crença essencial: querer bem, fazer bem, viver bem. E dormir bem.

    III. JUSTIÇA
    Creio – com reservas, mas empenhadamente – na justiça dos homens. Sei que ela tarda, às vezes falha e tem uma queda pelos mais ricos. Mas eu conheço uma legião de pessoas decentes, juízes, promotores, defensores, advogados que se dedicam ao seu ofício com tal integridade, que não posso deixar de acreditar no que eles fazem. Gente que cumpre bem o seu papel, grande ou pequeno. Considero que este é outro segredo da vida: fazer bem feita a parte que lhe toca. Tudo o que merece ser feito merece ser bem feito. Mas creio, sobretudo, na Justiça do universo, no curso da história, no processo civilizatório, em um futuro de fraternidade e delicadeza. Creio na redistribuição paulatina do poder e da riqueza e creio na progressiva inclusão social dos excluídos. Sobre a justiça, gostaria de dizer-lhes ainda duas coisas.
    A primeira: a justiça não é incompatível com o perdão, com a compaixão, com a solidariedade às vidas que não deram certo. Ouvi de um grande juiz a seguinte confissão: “Ao longo da vida, já me arrependi de ter sido justo, mas nunca de ter sido bom”. A segunda: a justiça não é feita de certezas absolutas ou de verdades plenas. A vida tem muitos pontos de observação. Às vezes, cada um de nós terá dúvida interna real sobre o que é certo e justo. Lembro-me sempre da história do advogado que, após haver vencido a causa, comunicou ao seu cliente: “Fez-se justiça”. Ao que o cliente respondeu: “Vamos recorrer imediatamente”.

    IV. AMOR
    Creio no amor. O que vale a vida são nossos afetos. Creio no amor dos pais pelos filhos, dos filhos pelos pais. (Quanto tempo a gente leva nessa vida para descobrir que quem sabia das coisas eram nossos pais!). Creio no amor próprio, que dá paz e segurança nos caminhos da vida. Mas não no amor narcísico, na obsessão de si. Creio no amor ao próximo, na bênção que é o sentimento de fraternidade. Gostar das pessoas como uma atitude padrão. Sejam generosos. No balanço final da vida, a gente é julgado pelo que faz de graça, por amor ou compaixão. A propósito, creio no amor apaixonado, de um homem por uma mulher, de uma mulher por um homem. De uma pessoa por uma pessoa. Creio que qualquer maneira de amar vale a pena e que todo amor deve ousar dizer seu nome. E desejo a cada um de vocês que encontre o amor como o que foi imortalizado por Jorge Luis Borges nessa linda declaração: “Estar com você ou não estar com você é a medida do meu tempo”.

    V. TOLERÂNCIA
    Creio na tolerância. Na capacidade de compreender e respeitar o outro, aquele que é diferente da gente. O mundo contemporâneo é feito de pluralismo e diversidade. Há muitos projetos de vida legítimos. Há múltiplas raças, religiões, ideologias. É preciso escolher os próprios valores e conviver em harmonia com as escolhas alheias. Não falo de um relativismo moral, que não tenha uma idéia do que é bom, certo e justo. Não estejam ao sabor dos ventos ou à mercê de aventureiros. Falo da rejeição ao perfeccionismo moral, que acha que deve universalizar e impor os próprios valores, os seus projetos de vida, como se fossem os únicos. Não creio em verdades absolutas, em dogmas que não podem ser questionados. Creio na razão, na capacidade de compreender e justificar fenômenos e ações. E creio na fé, na capacidade de acreditar no que não pode ser visto ou tocado. Cada um com a sua.
    Sou filho de mãe judia e pai católico. Sou tecnicamente judeu em um país cristão. No final da adolescência, fiz um intercâmbio acadêmico nos Estados Unidos e morei com uma adorável família protestante, presbiteriana. Passados mais de 30 anos, continuamos amigos e nos freqüentamos. Durante minha temporada de estudos em Yale, meu vizinho de porta era da Arábia Saudita e, portanto, muçulmano. Na noite em que eu cheguei no apartamento da universidade, a luz ainda não havia sido ligada. O Sheik – era assim o que chamávamos – fez uma extensão lá da casa dele e tivemos uma lâmpada em casa na primeira noite. Depois, me ajudou a montar todos os móveis. Sou eternamente grato àquela curiosa figura, sempre de camisolão e que eu diversas vezes flagrei na garagem tomando um bom conhaque escondido.
    Eu creio honesta e sinceramente na igualdade das pessoas. A vida me provou que submetidas às mesmas condições, aos mesmos estímulos ou às mesmas pressões, as pessoas tendem a reagir da mesma forma. São iguais na sua humanidade, nos seus medos, nas suas falhas e nas suas virtudes.
    Por fim, dois temperos importantes para a vida.

    VI. GENTILEZA
    O primeiro é a gentileza. Ser gentil é como fazer a vida acontecer ao som de uma boa música. Precisar não precisa, mas faz toda a diferença. Imaginem um filme, uma novela sem trilha sonora. A gentileza é um toque de classe em um mundo pragmático, apressado, indiferente. Ela é uma forma mais doce, mais amável de dizer a mesma coisa. Por exemplo, em vez de falar: “Nunca ouvi nada tão estúpido!”, considerem de uma próxima vez a seguinte alternativa: “Nunca tinha pensado nisso sob essa perspectiva”. Vejam tudo, deixem passar muita coisa, corrijam um pouco . A gentileza não rende tributo à falsidade. A falsidade é incompatível com todos os valores substantivos de que falei antes. Na vida, na maior medida possível, a gente deve conservar a sinceridade, a autenticidade. Poder ser o que se é e viver o que se prega é uma bênção, uma libertação.

    VII. BOM HUMOR
    Por fim, tenham bom humor. Não se levem a sério demais. Trafeguem pela vida com leveza, que era uma das propostas de Italo Calvino para o próximo milênio. O humor pode ter malícia, mas não maldade. Lembro-me quando era criança que um dos colegas da rua tinha o apelido de “Rebouças”. Intrigado, meu pai perguntou a razão do apelido. É que o indigitado tinha um nariz enorme e o túnel Rebouças havia sido inaugurado há pouco tempo, como o maior do mundo. Nunca esqueci da frase carinhosa do meu pai: “A gente não deve criticar defeito físico de ninguém. A pessoa não tem culpa nem pode modificar a realidade”. Ou seja: se a crítica não pode ser construtiva, é preciso refletir se ela é cabível e necessária. Hipótese diferente é a da barbearia que havia lá em Vassouras – minha querida terra natal – e que quase foi à falência. Na porta do estabelecimento havia uma placa: “Corto cabelo e pinto”. Pelas dúvidas, a clientela não se arriscava lá dentro. Uma alma bem intencionada, com um pouco de domínio da linguagem, sugeriu pequena alteração nos dizeres: “Corto e pinto cabelo”. O barbeiro viu renascer a clientela. O episódio, aliás, adverte para uma das dificuldades do mundo jurídico: nunca subestimem o poder das palavras e os riscos da ambigüidade da linguagem.

    VIII. DESPEDIDA
    É boa hora de terminar. Desde o discurso de posse de Barak Obama ficou estabelecido que ninguém deve falar mais do que vinte minutos. Aliás, em matéria de discursos na presidência dos Estados Unidos, tenho passado a vida assombrado desde que li o seguinte: George Washington fez o menor discurso de posse na história americana, com apenas 133 palavras. William Henry Harrison fez o maior, com 8.433 palavras, num dia frio e tempestuoso em Washington, D.C. Ele morreu um mês depois, de uma gripe extremamente severa, que contraiu naquela noite. Creio que esta seja a maldição que recai sobre oradores que falam além do seu tempo.
    Senhores pais, de sangue e de afeto: somos nós que estamos no palco, mas esta noite é de vocês. Aqui se celebra o sucesso da educação que deram aos seus filhos. Eles estão criados, bem criados. Daqui eles partirão para conquistar o mundo. Respirem fundo.
    Meus queridos afilhados: não se esqueçam de ser felizes. Lembrem-se que a felicidade tem mais a ver com atitudes do que com circunstâncias. Voem alto, mergulhem fundo, encontrem o próprio caminho. Não tenham medo de tentar, de recomeçar, de insistir. O maior naufrágio é não partir.
    Com essa frase, de um grande navegador , eu me despeço de vocês. Vão em paz. Sejam bons, justos, afetuosos e tolerantes. Com gentileza e bom humor. O mundo se atirará a seus pés.

    ISTO É INCRÍVEL !!! DOENTE CAI DE AMBULÂNCIA !!

    Doente cai de ambulância, morre e motorista só sente falta de paciente após rodar 10 km

    Carlos Eduardo Cherem  - Do UOL, em Belo Horizonte - 
     
     
    Luís José Lima, 82, foi enterrado nesta quinta-feira (23) em João Pinheiro (402 Km de Belo Horizonte). O aposentado morreu ontem no quilômetro 258 da BR-040, nas proximidades de São Gonçalo do Abaeté (376 Km de Belo Horizonte), possivelmente atropelado, depois de cair da ambulância que o levava para consulta médica em Belo Horizonte.

    O motorista do veículo e a nora, que acompanhavam o doente, só perceberam a queda do aposentado após rodarem dez quilômetros. Quando voltaram, o corpo estava estirado na rodovia, apresentando sinais de atropelamentos.
    "Foi uma tragédia. Estamos garantindo apoio e acompanhamento psicológico para o motorista da ambulância e a nora da vítima", diz a secretária de Saúde de João Pinheiro, Graciele Gomes da Silva.
    "A porta não poderia ter aberto sozinha. O veículo é novo, um Strada, modelo 2013. Ela foi destrancada por ele, que estava em avançado estágio de Mal de Alzheimer. Foram encontradas também marcas de seu pé no lençol branco na estrada, revelando que ele chegou a se levantar na rodovia, após a queda", afirmou a secretária.
    A Polícia Civil de Minas Gerais vai investigar o caso.
    A secretaria explicou que, desde 2004, Lima é transportado semanalmente pela ambulância da Prefeitura até Uberaba (478 Km de Belo Horizonte), para tratamento de câncer na próstata. "A ambulância buscou o aposentado às três horas de ontem (quarta-feira, 22), em sua casa no distrito de Canabrava, para que ele fizesse uma consulta com geriatra em Belo Horizonte, às 13 horas", disse Graciele Silva.
    Segundo ela, a nora cochilou e só percebeu a ausência de Lima, após dez quilômetros rodados e avisou o motorista. "Eles ainda estão muito abalados", disse.
    De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, que fez o primeiro atendimento, a polícia civil fará perícias que poderão determinar se as lesões e fraturas sofridas pela vítima são provenientes de atropelamento ou se são devidas à queda na rodovia.
    O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Patos de Minas (393 Km de Belo Horizonte) e liberado para o sepultamento. Porém as conclusões, que farão parte do inquérito da polícia civil, não foram divulgadas.

    SANTANA DO PARNAÍBA - CRIME EM CONDOMÍNIO

    TIO DE HOMEM MORTO , CONTA OUTRA VERSÃO.

     
    LINK :

    http://noticias.r7.com/sao-paulo/tio-de-homem-morto-em-briga-entre-vizinhos-apresenta-outra-versao-sobre-discussao-com-autor-do-crime-25052013

     

    Arma usada para matar casal em prédio de luxo tinha registro vencido, diz delegado



    Guilherme Balza
    Do UOL, em São Paulo
    • Reprodução/MB/Futura Press
      A dentista Miriam Cecilia Amstalden Baida, 37, foi morta com o marido Fabio de Rezende Rubim, 40 
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    • A dentista Miriam Cecilia Amstalden Baida, 37, foi morta com o marido Fabio de Rezende Rubim, 40
    O delegado Andreas Schiffmann, responsável pelas investigações da morte do casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, mortos pelo vizinho, o empresário Vicente D'alessio, 63, em Santana de Parnaíba (Grande SP), afirmou que a arma usada no crime estava com o registro vencido.
    Segundo Schiffmann, titular do setor de homicídios da Delegacia Seccional de Santana de Parnaíba, a arma utilizada foi um revólver calibre 38 "relativamente novo". "A arma tinha um registro que estava vencido, mas não sabemos quando o registro venceu porque essas informações estão em um banco de dados da Polícia Federal (PF) no qual temos acesso a poucas informações", disse.
    O delegado afirmou que o empresário não tinha porte de arma e, mesmo que tivesse, não poderia sair de casa com o revólver.
    O crime aconteceu por volta de 21h desta quinta-feira (23), no condomínio residencial Bosque de Tamboré, na rua Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues. O empresário decidiu matar o casal logo após reclamar com a mulher do barulho que vinha do apartamento de cima, onde morava o casal e a filha de um ano e meio.

    Casal se mudaria em um mês

    Fábio Rubim era gerente de tesouraria da Dupont, além de ser subsíndico do prédio, e Miriam Baida era dentista e completaria 38 anos nesta sexta-feira. Segundo familiares, o casal se mudaria para Valinhos (85 km de São Paulo) em no máximo um mês em busca de qualidade de vida.
    Eles estão sendo velados na capela Nossa Senhora de Lourdes, em Indaiatuba (98 km de São Paulo), onde casaram e batizaram a filha. "Não é um sentimento de revolta. É um inconformismo, uma desolação. Ninguém esperava uma tragédia dessas", disse no velório o jornalista e porta-voz da família Celso Ming, tio de Fábio.

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    Onda de crimes no Estado de São Paulo224 fotos

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    1º.mai.2013 - Um ônibus foi incendiado na avenida José Cesar de Oliveira, no bairro do Jaguaré, zona oeste de São Paulo, na tarde desta quarta-feira (1º). Cerca de 200 pessoas realizaram o ato em protesto contra uma ação policial que terminou com um suspeito de roubo baleado e outro preso na região da Vila Leopoldina, na zona oeste de São Paulo Leia mais Gabriela Biló/Futura Press

    Vários tiros

    Segundo as investigações, o empresário subiu ao apartamento do casal e fez seis disparos no total. Três perfuraram a porta que isola a sala e o corredor que dá acesso aos quartos e atingiram Fábio. "Ele tentou fechar a porta para se proteger", afirmou o delegado.
    O corpo de Rubim foi encontrado apoiado na porta do corredor, com ferimentos no tórax. Já Baida foi morta em um dos quartos e tinha marcas de bala nas costas. A filha do casal foi poupada pelo criminoso.
    Depois de matá-los, D'alessio voltou até seu apartamento, recarregou a arma e se matou dentro do elevador. Antes, teria dito à mulher que "agora era com ela".
    Não havia sinais de arrombamento na porta de entrada do apartamento do casal e nem de luta corporal entre eles e D'alessio.

    Barulho motivou crime

    Em depoimento da manhã desta sexta, a mulher de D'Alessio disse que o marido chegou em casa por volta das 20h e estava assistindo televisão quando se irritou com o barulho no 12º andar.
    De acordo com ela, o empresário gritou com os vizinhos da sacada e, então, decidiu pegar a arma e subir até o apartamento do casal. Ela afirmou que tentou impedi-lo de sair com a arma, mas não conseguiu.

    Homem disse que resolveria problema do barulho "de uma vez"

    Segundo o delegado, a reclamação de D'alessio sobre o barulho no apartamento de cima era recorrente. "Os barulhos que o incomodavam eram aparentemente de um salto de madeira, mas não de alguém que estava andando, e sim batendo a madeira no chão."
    O casal também teria feito reclamações de barulho no apartamento de D'alessio. Schiffmann afirmou que não havia registro de ocorrências policiais sobre os desentendimento entre os vizinhos.
    O empresário tinha uma síndrome chamada Guillain-Barré, que provoca fraqueza e flacidez nos músculos, entre outros sintomas. Por conta da doença, D'alessio chegou a ficar internado por cinco meses no ano passado.
    Ainda de acordo com o delegado, a mulher do empresário disse que ele se medicava regularmente e teria ficado "mais irritado do que o normal" por conta da doença. "Mas ela narra que ele não tinha comportamento agressivo e se dava bem com os funcionários."

    "Caso esclarecido"

    A arma do crime foi encontrada junto ao corpo do atirador. O apartamento está preservado para as investigações. A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como duplo homicídio qualificado e suicídio consumado.
    Schiffmann considera o caso esclarecido e disse que o próximo passo da investigação é formalizar o que foi apurado e encaminhar o inquérito ao Ministério Público.
    Os policiais acionaram o Conselho Tutelar para cuidar da filha do casal. Em seguida, a menina foi deixada com os avós paternos. O casal deverá ser sepultado em Campinas (93 km de São Paulo).

    (Com reportagem de Fabiana Marchezi, em Indaiatuba, e Estadão Conteúdo)




    24/05/2013-18h06

    Casal dizia que barulho de vizinho era 'insuportável', diz parente


     

    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM INDAIATUBA
     
    O casal morto pelo vizinho na noite desta quinta-feira (23) em um condomínio residencial em Santana do Parnaíba (na Grande São Paulo) reclamava que o barulho feito pelo empresário Vicente D'Alessio, que matou o casal e se suicidou, era "insuportável", afirmou um tio da vítima.
    "Eles chegaram a me falar que era barulho de cadeira sendo arrastada, coisa caindo no chão, porta de armário sendo batida, disseram que já estava insuportável", disse o jornalista Celso Ming, tio de Fábio de Rezende Rubim, 40, morto com a mulher, Miriam Cecília Amstalden Baida, 37.

    O crime foi por volta das 20h, no condomínio residencial Bosque de Tamboré.
    D'Alessio, 62, entrou no apartamento do casal --não havia sinais de arrombamento no local--, que fica no andar superior, e atirou contra os dois após uma discussão sobre barulho. A filha do casal, de um ano e meio, estava no apartamento e nada sofreu.
    Logo após o crime, D'Alessio desceu para seu apartamento, recarregou a arma, foi ao elevador do prédio e cometeu suicídio.
    De acordo com a Polícia Civil, antes de cometer o crime o atirador havia dito para a mulher que iria "resolver o caso". A mulher do empresário também disse à polícia que o marido reclamava do barulho do casal.

    Reprodução/Facebook
    O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)


    O casal Fábio de Rezende Rubim, 40, e Miriam Cecília Amstalden Baida, 37, que foi morto pelo vizinho em Santana de Parnaíba (SP)
    Os corpos de Fábio e Miriam estão sendo velados desde 14h desta sexta-feira (24) na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, na Colônia Helvétia, em Indaiatuba (107 km de São Paulo). O enterro será neste sábado (25), às 10h, no cemitério da colônia.
    A presença da imprensa na capela não foi permitida --apenas nos arredores na colônia, fundada em 1888 por descendentes de suíços.
    Amigos que não quiseram se identificar disseram que o casal era alegre e atencioso. Ambos gostavam de praticar exercícios físicos e de estar em contato com a natureza, afirmaram.
    Míriam, segundo um amigo, gostava de preparar refeições para as festas que os descendentes de suíços realizam todo ano em Indaiatuba.
    O casal se conheceu em uma dessas festas, ainda na adolescência. A distância por muitos anos foi um entrave a uma relação mais duradoura --a família dela mora em Indaiatuba e a de Fábio, em São Paulo.
    Eles mantinham um relacionamento há 15 anos e estavam casados há nove. "Eu vim ao casamento deles, foi muito lindo. Era um casal que todo mundo adorava. Todos estamos muito chocados e inconformados com o ocorrido", disse Ming, que falou pela família.
    Eduardo Anizelli/Folhapress
    Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)
    Policiais diante de prédio onde morador assassinou casal de vizinhos e depois se matou, em Santana de Parnaíba (SP)


    30% das queixas de barulho não existem, dizem síndicos

    'Foi um dia de fúria', diz delegado sobre crime na Grande SP

    quinta-feira, 23 de maio de 2013

    VINT CLERF - ENTREVISTA COM O CRIADOR DA INTERNET.



    23 de Maio de 2013
    k-bigpic (1)


    Jogando boliche com o criador: Vint Cerf fala sobre viagens no tempo, pornografia e vício em internet

    Por - 23 mai, 2013 - 06:40



    Dizem que sucesso tem muitos pais, mas o fracasso é órfão. Julgando por esse padrão – ou qualquer outro – a internet é um sucesso. Al Gore inventou. Tim Berners-Lee conseguiu um título de nobreza por causa dela. Todo mundo usava antes de se tornar legal. Mas apenas dois homens alguma vez tiveram o título de “Pai da Internet”. Um deles é o cientista da computação Bob Kahn. O outro é Vint Cerf.

    Se é difícil apreciar a conquista de Vint Cerf, é porque ela está em todos os lugares. Em algum momento de 1973, Vint Cerf e Bob Kahn encontraram uma forma de fazer máquinas conversarem umas com as outras usando um protocolo chamado TCP/IP. O protocolo era simples, elegante e contagiante. Praticamente qualquer coisa poderia usá-lo. Pessoas diziam que ele rodaria em duas latas conectadas por um pedaço de corda. Hoje, ele roda em tudo. Não apenas em computadores. Na “Internet das coisas”, termostatos, refrigeradores e torradeiras usam. Programação de televisão e redes de telefones estão ligadas nele. É como se o babelfish de Douglas Adams fosse reduzido a uma série de pacotes. Quando nós finalmente nos curvarmos aos nossos líderes robôs, provavelmente vamos ter que aprender a falar TCP/IP para implorar por nossas vidas. Obrigado, Vint.
    Os interesses e realizações de Vint Cerf vão longe. Quando conversamos, ele estava trabalhando em problemas de latência associados ao envio e recepção de sinais de rede do e para o espaço. E ele também estava preocupado com o aquecimento global. Obviamente, tinha muito mais coisa para descobrir sobre Vint Cerf.
    Mas o que realmente queríamos saber era como o pai da internet faria para acertar pinos de boliche separados.

    original

    GIZMODO: Pelo que eu entendo, muito do trabalho que você fez veio da DARPA, e a DARPA era uma agência que tinha que pensar em grandes ideias, não em necessidades imediatas, mas coisas a longo prazo. E de certa forma ela foi uma resposta a grandes ideias como Sputnik.

    Vint Cerf: Isso é parcialmente certo, apesar de eu achar que a DARPA não se caracterizava apenas por grandes ideias. A forma como eles caracterizariam a DARPA era “problemas difíceis” que são coisas super arriscadas que você não está tentando encontrar uma solução, e ninguém mais está enfrentando. Assim, eles não estavam interessados em fazer algo que mais alguém estava fazendo, não estavam interessados em competir com ninguém.
    No caso da internet, essa era uma exploração desta tecnologia particular, a troca de pacotes, que era considerada maluca no momento, pela comunidade de telefonia convencional. A AT&T não queria nada com aquilo, não ia funcionar, eles não queriam gastar o tempo naquilo. Eles estavam felizes em emprestar circuitos dedicados aos idiotas que queriam criar essa coisa de ARPANET. Então o problema da DARPA tinha alto risco e altíssimo retorno, se você realmente conseguir fazer funcionar. E muito do que eles faziam era chegar ao limite de quase qualquer coisa.
    Quando começamos em 1958 queríamos chegar ao espaço. Porque Sputnik provocou todas as coisas dentro de nós nos Estados Unidos. O que precisamos é de mais momentos como Sputnik, na verdade. Se estivéssemos olhando, genericamente, para uma forma de galvanizar o país, o momento do Sputnik era o que precisávamos. Eu achava que teríamos isso com o aquecimento global, mas ele não vai acontecer instantaneamente para criar um sentimento de que se não fizermos algumas coisas estaremos em apuros. É o tipo de coisa que é cozida lentamente, como um sapo durante um experimento.

    GIZMODO: Que tipo de babaca cozinha um sapo na água só para ver se ele vai morrer? Então este é o alto risco, alto retorno…

    VC: Agora nós temos muitas coisas de alto risco em relação à mudança climática global. E a recompensa é certamente a sobrevivência. Mas muitas pessoas simplesmente não entendem, e isso é fascinante.

    GIZMODO: Então você é um ambientalista?

    VC: Bem, não me qualifico para ser um ambientalista, mas acredito que temos um problema. Os níveis de CO2 estão altos demais. A coisa que me assusta mais do que qualquer outra são os hidratos no fundo oceano. Os hidratos de metano. Agora eles estão sequestrados porque as temperaturas estão baixas o suficiente. Mas há evidências, evidências geológicas, de que os hidratos estão começando a derreter. E eles liberam o metano. O metano é 27 vezes pior do que o dióxido de carbono; é um gás do efeito estufa. Por isso provocou um aumento significativo de vários graus durante um período de não sei quantas centenas ou milhares de anos.
    De qualquer forma você não veio falar sobre isso. Mas é uma coisa que me assusta, não é o problema do CO2, mas se ele provocar alguma coisa imparável… nós podemos ser uma espécie esperta, mas talvez não inteligentes o suficiente para entender como podemos sobreviver se tiver um aquecimento global significativo.

    GIZMODO: Até que seja tarde demais. Até que essas situações de alto risco já estejam…
    VC: Já estão acontecendo.

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    VC: O que você quer falar? Espera, você sabe o que a DARPA acabou de fazer? Esse projeto que começou no laboratório de propulsão a jato em 1998. Extensão interplanetária da internet. Eles dizem que falam sério sobre isso. Já fizemos o design, temos os planos, estamos na estação espacial… eles estão a bordo de sondas científicas de Marte. A DARPA financiou o teste, inicialmente, para táticas militares em ambientes simulados.

    GIZMODO: É a ruptura da tolerância de latência?

    VC: A DARPA lançou mais um estudo de meio milhão de dólares sobre o design de uma nave espacial para chegar à estrela mais próxima em um período de cem anos. Então eu sou parte da equipe que venceu isso… é uma concessão. Não é um contrato, é uma concessão. E é apenas um estudo, ninguém vai construir nada. Mas os problemas e desafios são absolutamente fantásticos. Em primeiro lugar, precisamos atingir a 20% da velocidade da luz para chegar lá, para o ponto médio em 50 anos… caso contrário você voa ao redor do sistema Andrômeda e tira duas fotos, e é o fim. Não é bom o suficiente. Então você precisa diminuir a velocidade para entrar em órbita. Em segundo lugar, os sistemas de propulsão atuais nos levariam até lá em 65.000 anos. Então temos muito trabalho a fazer.
    E existe a comunicação. Como você gera um sinal para quatro anos luz de distância que você consegue detectar. Então esse é o meu problema, pensar sobre isso. E então tem a navegação. Estrelas não são o que parecem ser. A luz leva tempo para chegar lá. Então elas são falsas. Você precisa imaginar… você está a um ano luz de distância da Terra, e precisa descobrir o que fazer. Como fazer correções no meio do caminho? E você não pode fazer isso remotamente, certo? Porque leva um ano para o sinal de luz ir e voltar. Quando você falar “Você tem que fazer isso”, eles já estão a mais um ano luz de distância.

    GIZMODO: Mais ou menos um ano luz.
    VC: Então de qualquer jeito é um projeto que talvez nem seja lançado enquanto eu estiver vivo, mas não me importo. É uma daquelas coisas que nós fazemos parte.

    GIZMODO: Isso é para a DARPA ou para o Google Maps?

    VC: (risos) É para a DARPA, neste caso. Mas já temos o Google Mars, Google Moon, Google Sky e Google Earth.

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    GIZMODO: Qual é o próximo?

    VC: Você sabe o que eu gostaria de fazer? Gostaria de fazer algo com o Google Earth onde você dá um zoom e descobre a fauna e flora, e outras coisas. Que tal uma enciclopédia da vida? O que tem aí? O que pode crescer por aí?

    GIZMODO: Que tipo de molde está no seu telhado? (risos)

    VC: E então, que tal o universo interior? Não fizemos nada a respeito… nós fizemos poucas coisas com o oceano, mas não muito sobre o que está na terra. E se você olhar dentro de organismos? Pessoas… nós faremos um Google organismos. E humanos são uma escolha interessante. Porque nós temos quantidades enormes de DNA bacteriano em nossos corpos. Cem vezes mais DNA bacteriano do que DNA humano. Mas crescemos, evoluímos com essas coisas.

    GIZMODO: Você já se procurou no Google no trabalho?

    VC: Não costumo fazer isso. Mas eu deixo um Google Alert preparado porque é bom saber quem está me atacando agora. Mas não. Na verdade sou razoavelmente bem tratado. Há um pouco de desavença agora com a FCC porque eu fui um pouco crítico com o relatório de banda larga.

    GIZMODO: Qual relatório de banda larga?

    VC: Você sabe, todo ano a FCC faz um relatório para ver como estamos desenvolvendo a banda larga. E você sabe, este aqui, este relatório; todo servidor de internet está entre 85% e 107% da sua capacidade anunciada, ou largura de banda. E eu não acho que nenhum de nós na comunidade de pesquisa que mediram essas coisas viram números próximos à banda anunciada. Então muitos de nós estamos coletando dados independentemente de qualquer coisa que eles usam para gerar o relatório, e nós vamos comparar para ver o que acontece.

    GIZMODO: Quais são os dados que a FCC usa?

    Bem, existe uma empresa chamada Sam Knows que eles contrataram, e eles tem servidores por aí onde fazem as medições. Estamos confusos com o resultado extremamente favorável, pelo menos eu considero assim. Mas não sabemos como avaliar isso até que eles lancem os dados. Então uma das coisas que a minha equipe no Google está fazendo é tentar pegar os dados, e a metodologia usada para coletar e analisar as estatísticas. Para que a gente possa reproduzir.

    GIZMODO: Você se lembra de Matthew Broderick no filme Jogos de Guerra?

    VC: Sim, foi em 1982, mais ou menos?

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    GIZMODO: 1981, 82? Quais eram seus pensamentos na época?

    VC: Bem, é claro que era uma filme besta de fantasia. Não seria fácil para uma criança hackear daquele jeito. Por outro lado, era um filme divertido. Como qualquer outro entretenimento, certo? Isso é chamado de suspensão voluntária de descrença para que você possa se divertir. É por isso que continuo lendo O Senhos dos Anéis, Harry Potter, O Mágico de Oz.

    GIZMODO: Jogos Vorazes?

    VC: Na verdade não vi nem li isso. Talvez eu deveria. Sou um grande fã de ficção científica, mas normalmente coisas dos anos 50 e 60. Um ótimo momento. Ray Bradburry, que morreu recentemente. Orson Scott Card, um mais novo. Ele escreveu O Jogo do Exterminador. Ele tem cerca de 15 ou 16 livros. Então são essas pessoas que eu costumo ler.

    GIZMODO: Você pegou a série Duna?

    VC: A série Duna? Eu li o primeiro. E então eu meio que… foi meio como ler Guerra e Paz de Tolstói. Mas eu também lia um cara que morreu que era do JPL, ou Caltech, um desses caras. Robert L. Forward. Que é um astrofísico. Nos livros ele se prende a coisas reais. E no apêndice ele diria “Isso é como você constrói uma máquina do tempo.” E você sabe, tirando o fato de que precisaria de uma quantidade de energia que não temos agora “Oh, você precisa de um monopolo ou dois, ou cinco”. Mas era um físico de credibilidade, ou um pouco extrapolado. E agora o bóson de Higgs foi descoberto. Você pode meio que ver alguém começar a extrapolar a teoria da gravidade quântica, porque agora você tem uma partícula que supostamente serve para imbuir as coisas com massa. Uma vez que você tem a partícula e o campo de força para massa, você começa a trazer noções gravitacionais para o modelo padrão. Isso é animador.

    GIZMODO: Então seria como um grande imã?

    VC: Bem, o que deve acontecer – o livro que você deveria ler é chamado Time Masters, é sobre um cara que consegue criar uma distorção espacial, é como um wormhole, tem a propriedade estranha quando você vai de uma extremidade a outra mais rápido que a luz, se estivesse viajando através de uma geodésica no universo. E assim que você conseguir isso você faz uma máquina do tempo. Se você gostar das consequências de ser capaz de fazer isso e gostar do fato de que é uma extrapolação da física conhecida, para mim é bastante divertido. Porque então você consegue imaginar que pode ser possível.

    GIZMODO: E sobre Philip K. Dick?

    VC: Não muito. Por mais que eu goste de O Senhor dos Anéis e Harry Potter… eu não gosto que mexam com a minha ciência. Então não mexa com a minha ciência.

    GIZMODO: Então não existe ciência em Harry Potter?

    VC: Bem, tem a varinha, mas…

    GIZMODO: A maior parte das pessoas vai reconhecer que o uso principal da internet é para ser uma ferramenta global para acesso rápido e confiável a pornografia. Quais são seus pensamentos por ser o pai desse veículo?

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    VC: Antes de tudo, o que eu acho que é mais aparente sobre a rede, e a coisa que eu me tocou como sendo a mais interessante, é que depois de Tim Berners-Lee agregar a ideia do World Wide Web, ele codificou maneiras de apontar conteúdo e de transportar conteúdo, que são o HTTP e o HTML. A implementação dessa ideia foi seguida pelos navegadores e servidores.
    Quando ele fez isso, era por volta de 1989, e o release oficial dos seus primeiros navegadores e servidores saiu em 25 de dezembro de 1991. E ninguém notou. Exceto dois caras, que se chamam Mark Andreessen e Eric Bina, do Centro Nacional de Aplicações para Supercomputadores. Eles desenvolveram o Mosaic, que foi a primeira versão gráfica dessa coisa. Quando ela apareceu, por volta de 92, todo mundo ficou maluco. Porque, de repente, a rede era colorida, era imagética, não era mais só texto. Você não tinha mais que saber UNIX e algumas linhas de programação. De uma hora para outra, qualquer pessoa podia usar a rede, pois ela era visualmente intuitiva.
    Uma das lições que eu aprendi com isso é que, assim que você torna fácil para as pessoas criarem e compartilharem informação, elas fazem isso. Elas não estão atrás de compensações monetárias. O que elas querem é a satisfação por algo que elas sabiam, compartilharam, e é útil para outra pessoa. Então, há esse tsunami de conteúdo, o que, claro, cria imediatamente a necessidade de algum tipo de motor de busca, porque você não consegue encontrar nada nesse oceano.
    Então, ver as pessoas colocarem informações na rede era muito empolgante. Claro, isso significava que o público geral ainda tinha que ter acesso a isso. E há toda uma história sobre finalmente chegar nesse ponto. Até 1988, nenhum acesso estava disponível para o público geral. Havia apenas coisas bancadas pelos governos, sejam pesquisas universitárias, departamentos de defesa ou outro tipo de coisa estatal. Alguns de nós trabalhamos muito duro para quebrar essa limitação.
    A partir do momento em que o público geral conseguiu a isso mais às ferramentas da web, eles começaram a gerar conteúdo. Havia um outro truque que pode ter sido intencional, mas não necessariamente com esta intenção em mente, mas conseguia ter esse efeito. Era a possibilidade de olhar para uma página web e perguntar para o navegador “Como isso foi gerado? Mostre-me o HTML.” Isto é, ver ou exibir o código-fonte. Então todos que estavam curiosos sobre como fazer páginas da web aprenderam a fazer isso com as outras pessoas que já tinham feito uma. E fizeram isso apenas olhando o código. E elas podiam brincar com isso, podiam copiar, não havia controle de acesso, não havia restrições à propriedade intelectual, as pessoas podiam simplesmente colocar suas páginas.
    Então, tivemos webmasters que se inventaram de fato, aprendendo a partir de todo mundo. E isso foi se propagando. Isso é parte do que disparou esta avalanche. Qualquer um que quisesse podia escrever seu próprio HTML. Então, a exposição do mecanismo permitiu que o público em geral fizesse o que ele bem entendesse, e claro que isso é um reflexo da nossa sociedade. A Internet é como um espelho. Ela reflete o que a sociedade é. Então, as pessoas ficam irritadas com pornografia e discurso de ódio, e ficam bravas com sites de terrorismo. Eu digo, todas essas coisas ruins. Ou fraudes, abusos, stalking, todas essas coisas ruins que acontecem. É verdade, elas acontecem sem a Internet, e acontecem também na Internet, porque o público geral está lá. Bem. Então temos aqui este espelho mostrando todas essas coisas ruins. A questão é, então: o que acontece quando você vê coisas ruins no espelho? Bem, você não conserta o espelho. A Internet é um espelho. Ela não faz nada bom. Consertar a Internet não vai consertar o problema. Você tem que consertar as pessoas que estão sendo refletidas no espelho.

    GIZMODO: Um problemão para DARPA!

    GIZMODO: Apenas voltando no TCP/IP por um segundo, eu acho que isto é bem interessante em 1973… agora nos vivemos num mundo em que cafeterias têm um endereço IP. Em que a TV está migrando para o IP, tudo, quase todos os pedacinhos de dados que flui através do mundo é —

    VC: Embalado num pacote IP.

    GIZMODO: Certo. Então, em 1973, você tinha alguma ideia do que você estava fazendo, e esta é uma questão secundária, mas por um instante eu lembro que se você instalava redes no começo dos anos 90, havia outros protocolos estranhos. Havia NetBIOS e IPS-XPS e todas essas coisas. Por que o TCP/IP venceu?

    VC: Foi uma batalha enorme. Deixe me tentar responder suas duas perguntas. A primeira é, nós tínhamos alguma pista do que ia acontecer? E claro, uma resposta honesta e literal seria não, mas não seria precisa. Você tem que entender que, em 1973, a ARPANET já estava em operação desde 1969, o começo dos anos 70. Então, nós tínhamos três anos de experiência com ela. A razão para isso ser importante é que, por volta de 1971, o email já havia sido inventado. A questão era anterior, no tempo das máquinas, em que você tinha que mandar arquivos para alguém, o que não tinha a mesma utilidade do email. Quando ele apareceu, por volta de 1970, foi um hit instantâneo. Logo virou um fenômeno social. Listas de email foram criadas rapidamente depois do email aparecer. E as duas primeiras que eu lembro eram a Sci-fi Lovers e a Yum Yum. Olha só, nós somos um bando de geeks!

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    GIZMODO: E o fórum um, vamos lá.

    VC: Na verdade, essas coisas apareceram — Yum Yum eram reviews de restaurantes vindas de Palo Alto. Sci-Fi Lovers, eu não sei quem começou mas você sabe, nós falávamos dos livros que gostamos.
    A pornografia não aparecia aí. Ela deu as caras na Usenet. Usenet é outro fenômeno que temos aqui. É UNIX e UUCP. A Usenet era uma estrutura muito inteligente para colocar alguma coisa na corrente e atingir todo mundo. Há grandes discussões sobre quem administra, quais são os tópicos, e outras coisas assim. Foi aí que isso começou, o compartilhamento de imagens digitalizadas, e notícias em texto, e coisas assim.
    O que era interessante para nós é que, eventualmente, a Usenet imerge na Internet. Isso também aconteceu com vários outros sistemas. BITNET usa protocolo de transferências de arquivo, ou envio de partículas remotas, para mover as coisas de uma máquina para outra. E mesmo assim, ela cresceu demais… eventualmente ela também ficou submergida na Internet também. Todos esses sistemas migraram para a Internet, simplesmente porque a infraestrutura dela continuou crescendo e estava disponível. E isso começou em parte por causa da comunidade acadêmica, e investimentos feitos por organizações como a National Science Foundation. Na verdade, gastaram dinheiro usando conexões internacionais para ligar outras redes de pesquisa fora dos EUA ao resto da Internet nos EUA. Então, esta prática regular de expandir o sistema para além do ponto de vista governamental foi muito importante.

    GIZMODO: Quanto tempo do seu trabalho você passa navegando na Internet?

    VC: Não muito. Eu não fico navegando apenas pelo prazer de navegar. Eu estou conectado, entretanto, usando muito o Google. Mas é em grande parte para pegar informações específicas que preciso. Se estou escrevendo um artigo ou preparando um discurso ou fazendo outra coisa, tentando desenvolver um argumento político, eu estou frequentemente buscando mais informações sempre que eu posso. Mas nunca apenas navegando aleatoriamente. O que eu acho mais fascinante… eu costumava escrever — há muitos, muitos anos, eu escrevia as coisas à mão. E alguém iria datilografar isso. Então vieram os programas de processar palavras, e eu gostei porque eu podia digitar rapidamente. E depois de alguns anos usando estes programas, eu descobri que eu não queria escrever nada mais.
    Eu preferia ter essa ferramenta acessível. Então eu descobri, quando acabou a luz e eu fiquei sem internet, e eu estava no meio de algum texto, bem, eu ainda tinha meu laptop e bateria… Eu não queria escrever ao menos que eu estivesse online. E o motivo era que eu não tinha a liberdade de ir procurar alguma coisa enquanto escrevia. Eu quero dizer, você começa a escrever e percebe que não sabe alguma coisa. E a possibilidade de abrir uma página e procurar alguma coisa no Google… eu fiquei surpreso por não querer sentar lá e digitar texto quando não estava conectado. Eu não tinha percebido isso.
    Então, eu fiquei muito viciado em ter acesso a informação todo o tempo. Parece que nós estamos ficando acostumados a isso porque temos o jargão da informação em nossas bolsas ou algo assim. Eu não sei o que nós fazíamos quando ficávamos perdidos.

    GIZMODO: Você acha que há implicações psicológicas causadas por esse vício?

    VC: Houve alguns relatos de pessoas que dizem que são viciadas em internet. Há quem diga que você deve pegar uma hora por dia e simplesmente se desconectar. Só para lembrar como é não estar conectado. Alguém disse que nós estamos ficando idiotas pois não lembramos de mais nada, só usamos o Google?
    Mas minha reação a essa linha de argumentação em particular é imaginar que você acabou de inventar a escrita. E o contador de histórias do vilarejo está indignado com a ideia. Ele diz, “Isso é terrível. Ninguém vai lembrar mais nada. Vão só escrever. É terrível, nossas memórias vão se desintegrar.” E agora nós sabemos que a escrita se tornou algo muito importante.
    Uma coisa com que eu realmente me preocupo é o potencial de perder o pensamento crítico. Aqui vai uma pequena anedota. Eu estou dando uma palestra, e a professora levanta e diz que elas está muito irritada com a Internet. Agora, por quê isso? Os alunos vêm para a sala com seus laptops. E eles estão conectados. E agora eu fico pensando que ela vai reclamar que eles ficam no Facebook ou fazendo outras coisas? E eu falo, bem, o que eles fazem? Ela diz que eles procuram as coisas de que ela fala. E eu digo, qual o problema…? Bem, eles discutem. Mas isso é bom! Isso significa que estão comprometidos! Você deve considerar isso um bom sinal.

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    Então, eu digo que você deveria tirar proveito disso. Eis o que você deve fazer. Você dá às pessoas a possibilidade de escolher qualquer uma de dez páginas, você os dá as páginas para a pessoa e ela escolhe uma. Sua tarefa deve ser olhar aquele website e analisar o conteúdo, voltar e explicar por que você deve ou não acreditar nele. Ou quanta credibilidade tem o site? VOCÊ precisa documentar seus resultados. E esse trabalho não acaba se tudo que você faz é usar fontes online. Há um lugar chamado biblioteca e lá tem essas coisas chamadas livros. E nem toda biblioteca está conectada. E se você fazer uma diligência prévia na qualidade e no conteúdo daquele site, você vai ter que ir à biblioteca também.
    Então, você precisa demonstrar essas duas coisas. O nome disso é pensamento crítico, e é a habilidade mais importante que você pode ter. Não apenas porque há várias informações erradas na rede. Há informações erradas em todo o lugar. Você acha isso em jornais, revistas, TV, rádio, filmes, seus amigos, seus pais… todos eles estão sujeitos a não entender direito alguma coisa. Esta noção de ensinar as pessoas a serem céticas com relação ao que elas leem e ouvem ou veem é uma habilidade muito importante. Não tem que ser rude, não tem que ser “você é um mentiroso e eu não acredito em nada do que você diz”, é meio que eu quero tentar e decidir sozinho.
    E eu acho que se nós não fizermos isso, vamos acabar com um monte de pessoas que não têm qualquer discernimento. Porque não vamos ter a capacidade de analisar coisa alguma. E eu considero esse o maior perigo.

    Fotos por John Ulaszek.


    VINT CLERF - ENTREVISTA COM O CRIADOR DA INTERNET.