sexta-feira, 29 de março de 2013

CAMILA PITANGA

29/03/2013 - 03h35

'Musa' do juro baixo, Camila Pitanga desaparece das campanhas da Caixa


FÁBIO MAZZITELLI
DE SÃO PAULO
PRISCILA JORDÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
 
Com o aumento da pressão inflacionária, o posto da "musa" dos juros baixos da Caixa Econômica Federal, Camila Pitanga, pode estar ameaçado. A Folha apurou que gerentes de agências do banco receberam ordens de recolher folhetos publicitários em que a atriz aparece como garota-propaganda. Uma gerente afirmou que a imagem de Pitanga poderá ser usada apenas até domingo.

Reprodução
Folheto da Caixa com Camila Pitanga e seu substituto mais genérico (à dir)
Folheto da Caixa com a atriz e seu substituto genérico (à dir.)

A presença da atriz nas campanhas está associada às condições de juros mais baixos após um corte feito no ano passado. As peças publicitárias, porém, estariam sendo substituídas por outras de conteúdo mais genérico.

TAXA DE JUROS

Funcionários do banco, questionados sobre se as condições de financiamento divulgadas nos folhetos ainda valem, responderam que sim, mas disseram não saber até quando as taxas valeriam.

Com a escalada dos preços, ganhou força a hipótese de que a taxa básica do juro pode ser usada para conter a inflação, o que poderia influenciar as taxas e outras condições oferecidas pelos bancos, dentre eles a própria Caixa.

O banco afirmou que o recolhimento das peças publicitárias nas agências está relacionado ao prazo de validade das campanhas e não significa que o contrato da atriz será rescindido.

ADVOGADO BATE EM MURETA !

29/03/2013 - 15h05

Advogado morre depois de bater carro em mureta no Itaim Bibi


COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Atualizado às 19h34.

Um advogado de 31 anos morreu depois de bater contra uma mureta de acesso ao túnel Takeharu Akagawa, na avenida São Gabriel, Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, na madrugada desta sexta-feira.

Fernando Stabille Piovezan dirigia um Sonata prata por volta das 4h40 quando se envolveu no acidente, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O carro ficou com a dianteira totalmente destruída e um pedaço da mureta foi arrancado.

O advogado foi socorrido por um médico que estava próximo ao local, informou a SSP (Secretaria de Segurança Pública). Ele foi encaminhado ao Hospital São Luiz, na avenida Santo Amaro, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu.

Segundo o "SPTV", da TV Globo, Piovezan era proprietário da casa noturna Provocateur, na zona sul de São Paulo, e tinha saído dela quando sofreu o acidente. Informações preliminares apontam ainda que ele estava sem cinto de segurança no momento da batida.

Uma perícia foi feita no local e ainda não há informações sobre as causas do acidente, que estão sendo investigadas, informou a Polícia Militar.

O caso foi encaminhado a 3ª Central de Flagrantes e registrado como colisão e homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Reprodução/Facebook
Advogado de 31 anos morre depois de bater carro em mureta no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo
Advogado de 31 anos morre depois de bater carro em mureta no Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo

quinta-feira, 28 de março de 2013

ARGENTINA E OS DESAPARECIDOS !!

28/03/2013-22h00

Argentinos recordam 'voos da morte' no delta do rio Paraná

DA BBC BRASIL
 
"Mesmo após anos, a lembrança continua ali. Eu tento não me lembrar, porque não é algo bonito."
A frase é de José Luis Pinazo, que vive no delta do rio Paraná, na Argentina. Há três décadas ele foi testemunha de cenas que marcaram um dos capítulos mais sombrios da ditadura argentina --o lançamento de corpos de prisioneiros políticos no rio a partir de aviões.
Pinazo é piloto de uma lancha que transporta diariamente as crianças ribeirinhas para uma escola na cidade de Villa Paranacito.
A paisagem repleta de riachos e pântanos, a 200 km ao norte de Buenos Aires, pode ter sido uma grande vala comum dos chamados "voos da morte", que também despejaram corpos no oceano Atlântico e no rio da Prata.
O jornalista Fabián Magnotta investigou a questão dos desaparecidos durante a última ditadura argentina (1976-1983) e ouviu vários ribeirinhos que relatam o lançamento de corpos no rio. Alguns prisioneiros já estariam mortos quando foram jogados, outros ainda estariam vivos. Agora, são todos considerados desaparecidos.
O relatório oficial das vitimas da junta militar argentina fala de quase 20 mil desaparecidos. Organizações de direitos humanos mencionam 30 mil. Mas a Equipe Argentina de Antropologia Forense identificou apenas 500 corpos até o momento.

PÂNTANOS
A BBC acompanhou Magnotta em viagens pelo delta a bordo de um bote e de um avião.
Segundo o jornalista, em alguns lugares a água do Paraná chega a 60 metros de profundidade. Do céu é possível avistar uma imensa área de pântanos, capazes de fazer sumir um corpo em segundos.
Marcos Queipo, mecânico aposentado, diz que se lembra de "ter visto cadáveres no rio Bravo (um braço do delta do Paraná) jogados de aviões".
"Lembro de ter visto helicópteros e aviões jogando pacotes. Abriam a escotilha e caia um pacote do ar", conta. "A princípio, ninguém sabia o que tinha naqueles pacotes. Mas depois de alguns dias, descobrimos".
Queipo conta que descobriu por conta própria. Abriu vários "pacotes" e em todos havia corpos sem vida, de jovens em sua maioria. Muitos tinham as mãos atadas.
Tanto as testemunhas entrevistadas pela BBC quando as ouvidas por Magnotta (em entrevistas separadas) contam que em alguns momentos haviam voos diários, principalmente nos primeiros anos do governo militar, quando a repressão foi mais forte.
Atualmente, a Justiça investiga os chamados voos da morte. Sete ex-funcionários do governo militar, incluindo ex-pilotos militares, são acusados de terem jogado no rio prisioneiros políticos que estavam detidos na Esma (Escola Superior da Armada), um dos centros da repressão.
Magnotta lembra uma peculiaridade em seu livro. Emilio Massera, o almirante a cargo da Esma, era de Entre Ríos, província onde se encontra o delta do Paraná. Ele passava férias na região e conhecia bem o local.

MEDO
Como o segredo pôde ser guardado por tanto tempo? "(Os ribeirinhos) são pessoas muito reservadas com o que vem de fora", conta o jornalista, que diz ter esperado anos para romper a reticência das testemunhas.
Mas o medo imposto pelos militares foi o elemento crucial. Queipo conta que assim que descobriu os corpos, tratou de avisar a polícia. "Fui e contei que havia muitos corpos boiando no rio. Eles me disseram: 'cala a boca, senão vai te acontecer o mesmo'", conta.
Por anos, os ribeirinhos foram testemunhas silenciosas e amedrontadas das atrocidades.
Alguns contam ter visto corpos pendurados nas árvores. Outros tiveram corpos caindo no próprio telhado. Muitos viram corpos boiando no encontro das águas do Paraná com o oceano.

VÍTIMAS
Além dos que pereceram nos voos, as famílias que mais de 30 anos depois ainda buscam seus entes queridos também se tornaram vítimas. A família Dezorzi é uma das milhares. Eles vivem em Gualeguaychú, próximo ao delta.
Santa Teresita Dezorzi sabe que seu filho Óscar pode ter sido lançado à morte muito próximo do local onde vivia. Acredita-se que tenha permanecido preso na Esma, a menos de meia hora de avião do delta.
Óscar foi tirado de casa seminu, na madrugada de 10 de agosto de 1976. Ele era militante do Montoneros, o grupo de extrema esquerda dos peronistas que a Junta Militar tratou logo de extirpar.
Santa Teresita conta que nunca mais encontrou o filho, mas nunca deixou de buscá-lo. Em dezembro, um tribunal condenou quatro ex-militares e policiais pelo desaparecimento de Óscar. Mas o julgamento não fez com que surgissem novas pistas sobre seu paradeiro.

terça-feira, 26 de março de 2013

NETA DE PORTINARI

26/03/2013-04h00

Neta de Portinari foi encontrada pelo pai submersa em banheira

DO RIO
Maria Candida Portinari, 16, neta do pintor Candido Portinari, foi encontrada submersa na banheira, após um vazamento de gás do aquecedor do apartamento de sua família em um condomínio de classe média alta de São Conrado, na zona sul do Rio. Ela estava desacordada quando o pai, João Cândido Portinari, 74, a encontrou. O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas a adolescente teve uma parada cardíaca e morreu antes de ser socorrida.
A suspeita é que um vazamento de gás do aquecedor tenha feito Maria Candida desmaiar no banho e morrer por afogamento. A hipótese só será confirmada após a conclusão do laudo pericial.
Zanone Fraissat - 6.fev.12/Folhapress
Neta de Portinari morreu após vazamento de gás
Neta de Portinari morreu após vazamento de gás
A jovem conversava com os pais e o namorado, quando os dois decidiram ir ao cinema. Ela foi tomar banho para se arrumar para sair. Já no banho, teria conversado com uma empregada da família, que cuidava dela desde pequena. Quando a empregada saiu, Maria Candida pediu que ela fechasse a porta.
Segundo o relato de um amigo da família, após algum tempo, João Cândido sentiu o cheiro do gás e subiu para o banheiro.
"É inacreditável que uma coisa dessas possa ter acontecido com uma menina como ela, tão cheia de vida", disse Christina Gabaglia Penna, madrinha da jovem e ex-diretora do Projeto Portinari.
RISCO
Segundo Agostinho Guerreiro, presidente do Crea-RJ (conselho regional de engenharia do Rio), o uso de aquecedores dentro dos banheiros deve ser evitado.
"Quem não tem condições de retirar o equipamento deve tomar cuidado redobrado com a ventilação, deixando uma janela constantemente aberta e uma porta que não vede completamente o banheiro", disse o engenheiro.
Segundo a CEG Rio (Companhia Estadual de Gás), as casas da região têm gás fornecido por botijões e não fazem parte da sua rede.
Editoria de arte/Folhapress
CAÇULA
Maria Candida era a caçula de João Portinari, único filho do artista paulista que viveu entre 1903 e 1962. A adolescente era filha do segundo casamento do pai, com a advogada Maria Edina.
No Carnaval deste ano, os três viajaram juntos para os parques da Disney, nos EUA.
A neta de Candido Portinari estudava no colégio jesuíta Santo Inácio, no bairro de Botafogo, na zona sul.
Dezenas de colegas de turma, muitos aos prantos, compareceram ao velório da jovem no cemitério São Francisco Xavier, no bairro do Caju, na zona portuária.
Outros amigos da família também estiveram presentes, como o cantor Milton Nascimento, o humorista Helio de la Peña, a atriz Maria Padilha e a bailarina Ana Botafogo.
O corpo de Maria Candida foi cremado no fim da tarde de ontem.

segunda-feira, 25 de março de 2013

BARUERI - 64 anos ...

Aos 64 anos, Barueri enfrenta seus desafios

Atualizado: 22/03/2013 01:41


O levantamento mais recente, que tem como base os dados econômicos de 2010, mostra que o crescimento do PIB passou de R$ 26,9 bilhões para R$ 27,7 bilhões

Da redação

Um polo econômico em evolução

A jovem Barueri é um dos principais centros financeiros do estado de São Paulo e um dos pólos empresariais mais importantes do Brasil. A economia baseia-se em sua arrecadação de impostos, em especial o ISS, proveniente da prestação de serviços.

Além de abrigar o bairro de Alphaville, com um dos centros empresariais mais renomados do país que conta com sedes e filiais de grandes empresas, possui a alíquota de ISS mais baixa da região metropolitana de São Paulo, que varia entre 2% e 3%.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam posições de destaque da cidade de Barueri no contexto econômico. É a sexta cidade mais desenvolvida no estado e a 16ª do país, como resultado do ranking do Produto Interno Bruto (PIB), índice que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em cada município brasileiro.
O levantamento mais recente, que tem como base os dados econômicos de 2010, mostra que o crescimento do PIB passou de R$ 26,9 bilhões para R$ 27,7 bilhões.

A economia de Barueri supera a de algumas capitais como Vitória (ES), que está em 20º lugar; Goiânia (GO), que aparece em 21º; Belém (PA) na 27ª; e São Luiz (MA), na 28ª.
Barueri foi o município que alcançou a melhor nota no ranking da dimensão de riqueza do Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS, com dados de 2010, elaborado pela Assembleia Legislativa de São Paulo e a Fundação Seade. O objetivo é expressar o grau de desenvolvimento social e econômico dos municípios paulistas.

O indicador é composto de três dimensões – riqueza, escolaridade e longevidade – com indicadores que permitem hierarquizar a posição de unidade territorial (município, região administrativa e estado), em escala de 0 a 100.

Entre os dez municípios mais bem posicionados em riqueza, com importante adensamento industrial, Barueri é o primeiro com 58 pontos, seguido por Paulínia (57), Gavião Peixoto e Louveira (55) , Cubatão (54) e Vinhedo (53 ).

Outro dado importante no qual Barueri ocupa posição de destaque é o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM).

A mais recente classificação, com dados de 2010, colocam Barueri em 5º lugar no ranking. O índice acompanha a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, considerando três áreas de desenvolvimento – emprego & renda, educação e saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. É uma espécie de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) calculado pela ONU. Não mede exatamente qualidade de vida, mas está relacionado a ela. Foram levados em conta em emprego e renda, geração, estoque e salários médios dos empregos formais. Em educação, taxa de matrícula infantil, abandono e distorção idade-série, entre outros. Na área de saúde, número de consultas pré-natal, óbitos por causa mal definidas e óbitos infantis evitáveis.

Empresas investem na região
cidade de Barueri soma US$ 754,09 milhões de investimentos até este ano, de acordo com a Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo (Piesp), elaborada pela Fundação Seade. Azul Linhas Aéreas, Castelo Branco Office Park e Kemira e VTT são as empresas com maior volume de aportes na região.
No estado, o montante anunciado em 2011 chegou a US$ 49 bilhões, soma pouco inferior ao recorde atingido no ano anterior, que foi de US$ 49,9 bilhões. Infraestrutura, indústria, serviços e comércio encabeçam as maiores parcelas dos recursos.
A maior parcela dos recursos (US$ 34,9 bilhões) dos últimos três anos destinou-se a projetos de infraestrutura, enquanto a participação da indústria foi de 17,4% (US$ 8,5 bilhões), os serviços representaram 9,6% (US$ 4,7 bilhões) e o comércio respondeu pelos restantes 1,8% (US$ 902 milhões).
A Azul Linhas Aéreas, sediada em Barueri, tem planos de reforçar a cobertura doméstica com o processo de fusão com a Trip Linhas Aéreas. A partir de 2015, a holding estuda a possibilidade de ampliar a rota internacional. Recentemente, a empresa comemorou 20 milhões de passageiros transportados. Hoje com mais de 10% de participação no mercado doméstico, a Azul consolida-se como a terceira maior empresa aérea do País. No ano passado, o número de rotas cresceu 140% devido à união com a Trip. Em 2013, o foco é avançar na fusão.
A companhia aérea, que faz aportes de US$ 430 milhões na cidade, se transferiu para três andares do Castelo Branco Office Park, onde estão centralizadas as áreas administrativas e de operações, as quais hoje estão espalhadas em Alphaville e Campinas.
O Castelo Branco Office Park é um dos mais modernos empreendimentos corporativos de Alphaville, situado em uma região com acesso facilitado pela rodovia e boa infraestrutura como restaurantes, shoppings, centros comerciais, linhas de ônibus, fretados e trens. Ele faz parte de um complexo que prevê a construção de oito torres e um hotel. Estão sendo investidos US$ 150,72 milhões em Barueri previstos até este ano. O empreendimento da incorporadora Tishman Spyer é um complexo comercial de alto padrão.
A finlandesa Kemira, de produtos químicos para o tratamento de água, mira no crescimento dos negócios após uma fase de aquisições. O Brasil representa um importante foco de recursos e a meta da empresa é crescer 7% nas regiões em desenvolvimento. Até 2017 a Kemira tem planos de dobrar as vendas na região, que foram de R$ 160 milhões de euros em 2011. No ano passado a empresa se uniu com a VTT, maior centro de pesquisas da Finlândia e inaugurou um centro de pesquisa e desenvolvimento em Barueri. Entre 2011 e 2013 os investimentos somam US$ 169,31 milhões. A parceria é um acordo para o desenvolvimento de novas tecnologias.
A Lease Plan, com escritório em Barueri, é uma multinacional de origem holandesa especializada na terceirização de frotas. A empresa realiza entre 2011 e 2013 investimentos de US$ 4,06 milhões.
Gil: ‘Vários desafios pela frente’

Gil Arantes assumiu a prefeitura de Barueri há pouco mais de dois meses. Em seu terceiro mandato desafios não faltam para manter a cidade entre as mais desenvolvidas do estado. A Folha de Alphaville entrevistou o responsável pela cidade nos próximos quatro anos. Trânsito, combate a enchentes e melhorar a situação do morador da cidade são os principais desafios do novo comandante do município que chega aos 64 anos.

Qual o principal desafio do governo Gil nesse mandato?
Nós não temos apenas um principal desafio a ser superado. Temos alguns desafios na saúde, educação, habitação, transporte e mobilidade urbana. São diferentes setores que precisam de uma melhor gestão para garantir a qualidade de vida de quem vive, estuda ou trabalha em Barueri, utilizando em algum momento nossos serviços municipais.

O trânsito é um problema a ser resolvido? Como? Vão acontecer grandes obras?
Há alguns anos, a gente só se preocupava com o crescente trânsito da região de Alphaville. Hoje ele incomoda quem precisa se locomover na região central da cidade, em bairros como a Cruz Preta, Jardim Paulista, Silveira, Mutinga e até no Imperial. Não dá para adotar ações sem ouvir a comunidade e sem conhecimento técnico do que realmente é precisa fazer. Primeiro, estamos realizando alguns estudos sobre quais intervenções são possíveis em determinados pontos da cidade, para dar maior fluência ao trânsito.
Em Alphaville, por exemplo, temos uma ponte que deve ficar pronta no final deste ano e um acesso que estamos reafirmando um contrato inconcluso pelo governo anterior, para dar continuidade às obras.
Estamos aprofundando o diálogo com o novo governo de Santana de Parnaíba para estender a chamada Via Parque, que percorre a lateral do bairro de Alphaville até próximo da Unip. São ações que, se concluídas, diminuirão muito o volume de veículos que hoje passam pelo centro da região de Alphaville.
Em outros bairros, estamos revendo o traçado viário de certas localidades para diminuir o cruzamento do fluxo de veículos, e permitindo dar maior fluidez ao tráfego.

Na avenida principal da cidade, nos últimos anos com as fortes chuvas a via inunda. Há algum projeto para evitar esse tipo de problema?
O rio Barueri Mirim foi todo coberto pelo que hoje é o bulevar da região central. Existe uma empresa contratada para monitorar o volume de água. O trabalho é feito por um robô, porém com um alcance curto de 100 metros e com pouca profundidade. Em breve vamos adotar um uso diferente desta mesma tecnologia que permitirá monitorar todo o trecho tamponado do rio, criando uma exata radiografia do que está acontecendo.
Com esta radiografia, teremos melhores respostas sobre quais ações são necessárias para dar maior vazão ao rio, evitando as inundações atualmente observadas na região central.
Também estamos discutindo com a concessionária Viaoeste melhorias para os trevos de Alphaville e do Tamboré e já assinamos um convênio para construir um sistema de captação de águas a ser instalado no Tamboré, buscando resolver os problemas de alagamento daquela região. Desta parceria, a Viaoeste executa a obra, enquanto a prefeitura entra com 1/3 do valor para a aquisição dos materiais usados no projeto



Como a administração pública de Barueri pode influenciar na melhoria de qualidade do morador da cidade?
Aplicando os princípios da sustentabilidade em cada área que exige a presença e o bom trabalho do governo. Quando o trânsito é melhorado, a educação ganha mais excelência e oferece oportunidades aos nossos jovens. Quando a saúde deixa de ser um problema, isso representa qualidade de vida que a prefeitura pode dar ao seu cidadão. Até mesmo na forma como abriga novas empresas, nossa gestão pode sinalizar sua preocupação em fazer isso de maneira justa, sustentável e com qualidade.

Vários índices como Firjan, Ideb e outros mais sempre apontam a cidade como uma das melhores seja para morar ou para trabalhar. Como sustentar esse nível?
Garantindo que Barueri continue sendo uma boa cidade para trabalhar e viver. Entre as receitas, está o investimento no ensino para garantir que nossos jovens possam ocupar as vagas de emprego oferecidas na própria cidade. A manutenção de nossa política tributária continuará sendo benéfica para Barueri se buscarmos contrapartidas das empresas que encontram no município um bom local para se instalar. Melhorar a saúde, diminuir o tempo perdido no trânsito, criar mais opções de lazer, como novos parques, tudo isso implica em ampliação dos índices citados.

O que é mais difícil para administrar uma cidade como a de Barueri?
Neste primeiro momento, a dificuldade é superar os problemas encontrados por esta gestão e adotar melhores soluções para os desafios que Barueri precisa superar para encontrar seu progresso pleno, para todos os cidadãos, sem distinção.

Para o aniversário de 65 anos (2014), como o senhor gostaria de entregar a cidade à população?
Uma cidade mais justa, democrática e com menos desigualdade. Estamos ainda no primeiro trimestre desta gestão e, em 2014, estaremos ainda no primeiro ano de governo, mas o empenho da prefeitura é diário para garantir que Barueri ofereça as melhores oportunidades para quem nela vive ou trabalha.
Nota indica boa condição de saúde
Entre municípios, Barueri ganha destaque no quesito saúde. De acordo com o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS), lançado pelo Ministério da Saúde, a cidade recebe nota 8,22.
O IDSUS é calculado para avaliar a qualidade da saúde pública de todos os municípios brasileiros, com base em vários indicadores, como a porcentagem de mulheres que fazem mamografias e das mães que realizam pré-natal. Com notas de 0 a 10, o indicativo foi divulgado pelo governo em março de 2012 e deve sair novamente somente em 2015.
O índice avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção (básica, especializada ambulatorial e hospitalar e emergência), verificando como está a infraestrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população.
O comparativo é formado por seis grupos – basicamente, os grupos 1 e 2 são formados por municípios que apresentam melhor infraestrutura e condições de atendimento à população; os grupos 3 e 4 têm pouca estrutura de média e alta complexidade, enquanto que os grupos 5 e 6 não têm estrutura para atendimentos especializados. A proposta é unificar em grupos cidades com características similares.
Barueri é o melhor município do grupo 2, e é uma das únicas seis cidades brasileiras que ficaram com nota acima de 8. No Brasil, levando-se em consideração os seis grupos, Barueri (com 242 mil habitantes) tem a segunda melhor nota – Arco Iris, cidade do interior paulista com 1.925 habitantes, teve nota 8,38.
“Ao assumir, encontramos o setor pontuado por alguns problemas. Inicialmente, estamos investindo na recuperação do atendimento médico, contratando mais profissionais para o setor, mais médicos e já colocamos em funcionamento a Farmácia Municipal 24 horas, no centro. Nosso projeto é descentralizar a saúde, levando seus equipamentos para os bairros. No primeiro semestre, colocaremos em funcionamento o pronto socorro do Engenho Novo, a policlínica do Jardim Silveira e há projetos para a instalação de outras unidades em diferentes pontos da cidade”, afirma o prefeito de Barueri, Gil Arantes.
Guarda tem reforço até maio
om a nova gestão a partir deste ano, a segurança em Barueri recebe novos reforços e novos nomes de comando. A cidade conta com um novo comandante da guarda municipal, Carlos Henrique Lima.
Henrique ingressou em 1995 na primeira turma da corporação. O anúncio foi feito no mês de fevereiro pelo secretário de Assuntos de Segurança do município de Barueri, Gilberto Pereira de Brito.
Em novo comando, o secretário aproveitou para reforçar o papel da guarda municipal. “Queremos mostrar que a guarda está em todos os lugares, queremos um guarda amigo, para que a população acredite neles. O papel da guarda é auxiliar as outras forças do estado”, disse o secretário.
viaturas
Gilberto Pereira de Brito afirmou que novas viaturas serão colocadas à disposição para a corporação. Até o final do ano passado, cerca de dez viaturas da guarda civil faziam o patrulhamento no período noturno e essa escassez era o motivo de muitas reclamações de moradores de Barueri. Atualmente são 35 viaturas. “Esse número deverá aumentar depois da contratação dos novos guardas”, comenta o secretário Gilberto Pereira de Brito.
Segundo a secretaria de Assuntos de Segurança haverá a contratação de 100 guardas que se juntam aos 530 atuais. Esses novos oficiais devem estar nas ruas até maio. A última contratação aconteceu há nove anos. Além disso, a secretaria vai investir mais em monitoramento de câmeras de segurança por toda a cidade, cursos de especialização para os guardas e as viaturas vão passar a contar com GPS, para facilitar o atendimento às ocorrências.
Outro investimento da região vem do governo do estado de São Paulo, com R$ 91,5 milhões para a aquisição de novos veículos que serão distribuídos para unidades da polícia militar da capital, da Grande São Paulo e do interior. O primeiro lote das 2.751 viaturas destinadas ao patrulhamento do estado já foram distribuídas e segundo o 20º Batalhão da Polícia Militar (que abrange as cidades de Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus) a região receberá 15 carros e 21 motos. Desse total, Barueri ganha seis carros e oito motos.
Educação é modelo no país
Barueri é exemplo em educação no estado devido às instituições públicas com perfil privado. Isso se dá aos números obtidos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) um índice do Ministério da Educação e Cultura (MEC) criado para medir o nível de qualidade de cada escola e de cada rede de ensino.
O indicador é calculado a cada dois anos, com notas de zero a dez, com base no desempenho dos estudantes em avaliações do Inep (Instituto de Estudos e Pesquisas), como a Prova Brasil, e em taxas de aprovação. Essa prova avalia o desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4º ano ao 9º ano, e no terceiro ano do ensino médio.
Na primeira etapa (1ª a 4ª série) do ensino fundamental, as escolas de Barueri atingiram índice 5,4 em 2011, valor maior que a meta geral de 2009 do MEC, que era de 4,9.
Na segunda etapa (5ª a 8ª série) do ensino fundamental, o município conseguiu índice de 4,7, também superior à meta federal, de 4,4.
O Ideb de 2011 elegeu a Escola de Ensino Fundamental, Médio e Técnico Professora Dagmar Ribas Trindade, no Jardim Maria Cristina, em Barueri, como a melhor instituição do estado. A escola pontuou 6,6 no Ideb entre os 5º e 9º anos, ocupando a 28ª posição no ranking nacional, entre 30.842 escolas.
A instituição funciona desde 2010 e tem alguns diferenciais, como aulas de reforço e plantões de dúvidas nos dois períodos. Há também uma equipe de saúde de prontidão durante todo o dia, formada por psicóloga, fonoaudióloga e dentista. O local conta ainda com dois laboratórios de informática, dois de línguas, dois de física, um auditório, uma piscina olímpica e uma quadra poliesportiva coberta. São também 48 câmeras de monitoramento, sendo 42 internas.
Mais investimento
Também é preciso ressaltar o investimento em ensino técnico, por intermédio da Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb), que mantém além da Dagmar Ribas mais sete unidades, incluindo as seis do Instituto Técnico (ITB). De acordo com o prefeito Gil Arantes, R$ 580 milhões do orçamento de 2013 serão destinados à educação.
O mesmo Ideb aponta a Escola de Ensino Fundamental, Médio e Técnico Professora Maria Theodora Pedreira de Freitas, outra instituição mantida pela Fieb, em Alphaville, como uma das melhores unidades educacionais do estado. A escola é a 9ª melhor na primeira etapa (1ª a 4ª série) e a 3ª na segunda etapa (5ª a 8ª série) do ensino fundamental, no estado. No Brasil, de 1ª a 4ª série, a unidade foi a 18ª colocada, e de 5ª a 8ª série, a 23ª colocada.
Dentro dos planos de melhorias na educação está a licitação para contratar serviços de um sistema especializado de ensino, a fim de reforçar o conteúdo do material didático distribuído nas escolas municipais para as crianças e adolescentes do 1º ao 9º ano. A previsão é de que os novos livros cheguem nas escolas no segundo semestre deste ano.
“Recentemente, observamos em Barueri crianças com nove ou dez anos que não sabem ler nem escrever, impondo ao governo investimentos rápidos e urgentes na qualidade de ensino”, afirma Gil Arantes. A prefeitura mantém a programação de distribuição gratuita dos kits escolares, apostilas e inicia o processo de concorrência pública para distribuir os uniformes escolares a todos os alunos da rede municipal e da Fieb. Outra preocupação são os professores. “A estrutura boa é importante, mas melhorar as condições de trabalho dos professores e profissionais da educação é essencial para ampliar à toda rede o bom ensino hoje encontrado em algumas escolas de nossa cidade”, conclui o prefeito.
Pacotes de novidades
A cidade que investir em boas ideias e no empreendedorismo. De acordo o secretário de desenvolvimento econômico e trabalho, Mário Lopes, a primeira medida que deve sair do papel nos próximos meses é uma incubadora de empresas, nos mesmos moldes das que são feitas em cidades vizinhas.
O interessado responde a um plano de negócio que será avaliado por uma comissão. Se aprovado o micro ou médio empresário poderá instalar seu negócio no local. O projeto prevê16 módulos de 50 a 80 metros quadrados, onde poderá se instalar por um período de seis a 24 meses. Além do espaço, o empreendedor vai ter consultoria de marketing e finanças. “Vamos incubar um pequeno empresário, ele vai se desenvolver e se instalar na cidade”, explica o secretário.
Pode participar do projeto quem é empresário, morador ou não de Barueri. O projeto deve ser instalado na cidade até o final do ano. “O empresário vai ter todo o apoio da prefeitura e do Sebrae”, disse o secretário. A incubadora vai ser ao lado da farmácia municipal, na avenida 26 de março, número 953.
Mas outros projetos devem vir à tona, como os cursos de qualificação. “Nós estamos contatando empresas para que as pessoas que fazem o curso possam fazer um laboratório no local, vamos investir mais no morador de Barueri”, afirma o secretário.
Outro programa que vai sair do papel é um cadastro municipal de emprego. A secretaria vai ter um cadastro no qual as empresas saberão quais os profissionais, moradores de Barueri, estão desempregados. “As empresas não conseguem saber quem está em Barueri. Ela terá acesso e vai ter um link com a prefeitura. Assim que contratar o morador vai ter de dar baixa. Isso vai ajudar na economia, teremos menos desempregados na nossa cidade e o indivíduo que trabalha e mora aqui vai gastar o dinheiro aqui.”
Para os empresários haverá uma guia do comércio para mostrar todas as empresas que estão localizadas na cidade de Barueri. “Nós temos 28 empresas de ar condicionado na cidade e muitos vão procurar em São Paulo “, exemplifica Lopes.
A secretaria ainda pretende levar parte do atendimento do Ganha Tempo para Alphaville, com os serviços do Procon, por exemplo. Também será levada parte da área de finanças da prefeitura para que os empresários da região possam regularizar a situação sem precisar ir até o centro dae Barueri. “Já estudamos vários locais , e pode ser até na passagem subterrânea”, disse o secretário. A cidade deve ganhar também uma junta comercial.
Há possibilidade, que está em estudo com o prefeito Gil Arantes, de um espaço na cidade de Barueri, para instalação de um centro de eventos no mesmo estilo do Anhembi, da capital.
Esses e outros projetos devem ser colocados em prática até o fim do ano.
Em busca de parcerias
Localizada na avenida Prefeito João Vilalobo Quero, 1001, no Jardim Belval, a Arena Barueri é um dos estádios mais modernos do Brasil, com capacidade para 32 mil espectadores, gramado com tecnologia de última geração, campo com medidas oficiais, de 107m x 70m e monitoramento por câmeras. Inaugurada em 26 de maio de 2007, a arena brevemente será coberta, proporcionando ainda mais conforto aos freqüentadores.
Em 2012, a Arena foi muita utilizada pelo Palmeiras, já que o Palestra Itália, o campo oficial da equipe de São Paulo passa por uma grande reforma para virar a Arena Palestra, prevista para ser entregue em 2013.
Com novas arenas na capital, a prefeitura de Barueri disse que já existem estudos para fazer com que, em um futuro próximo, a Arena seja terceirizada, por meio de concessões com a iniciativa privada. Multifuncional, a Arena Barueri já é utilizada para a realização de eventos esportivos e sociais.
Um dos focos da administração da Arena é que ela possa hospedar delegações de seleções participantes da Copa do Mundo 2014, no Brasil. O secretário de esportes da cidade, Paulo Sérgio Nascimento, esteve recentemente na Suíça, apresentando o caderno esportivo e a estrutura da cidade. Equipes da Grécia, da Itália, dos Estados Unidos e da própria Suíça já visitaram o estádio e suas instalações.
A Arena Barueri possui estacionamento privativo coberto para 300 veículos, estacionamento descoberto para 400 veículos, quatro elevadores (um exclusivo para a imprensa) e total acessibilidade para deficientes. A Arena conta com serviços de bar e lanchonete, banheiros, tribuna de honra e 36 camarotes, todos equipados com Tv’s de plasma.
A imprensa especializada (rádio, TV e mídia impressa) encontra toda a comodidade para a execução do trabalho de cobertura das partidas de futebol na Arena Barueri. São 24 cabines de rádio e 13 de televisão, todas climatizadas.
Cidade planeja novas construções
Apesar do desenvolvimento vivenciado nos últimos anos, Barueri ainda tem muito a crescer. E os desafios que a cidade enfrenta passam, necessariamente, pela secretaria de Obras. Dentre as prioridades estabelecidas pela atual gestão do Prefeito Gil Arantes, três áreas são fundamentais: saúde, educação e mobilidade urbana.
A nova maternidade está em fase de projeto para posterior licitação e tem prazo de conclusão de três anos, ou seja, até o final desse mandato. O objetivo é dobrar o número de partos realizados atualmente, cerca de 530 por mês.
Para educação, a atenção será voltada para a construção de creches e dois novos colégios de ensino fundamental - antigos colégios estaduais que foram reformados, mas agora serão demolidos e reerguidos, já com um novo projeto. A prefeitura estuda também construir uma faculdade municipal.
De trânsito e mobilidade, está sendo criado o Conselho Municipal de Trânsito de Barueri, o Comutran, que vai acompanhar os desempenhos dos concessionários dos serviços de transporte coletivo e emitir resoluções sobre determinado assunto.
Dentre as obras que estão no planejamento da secretaria de Obras e que terão impacto direto na melhoria do trânsito estão o novo acesso da Castelo Branco no km 23, a construção de um viaduto na avenida Sylvio Honório Penteado, o alargamento da avenida Tucunaré e o prolongamento da Via Parque, obra em conjunto com a prefeitura de Santana de Parnaíba.
Imóveis em Barueri: bom investimento
Como reflexo direto da proximidade com o bairro de Alphaville e do desenvolvimento constante que vem apresentando, o mercado imobiliário em Barueri está bastante aquecido. Muitos moradores de outras cidades que trabalham em Alphaville e Tamboré procuram a cidade de Barueri para se estabelecer. O perfil do principal comprador é o morador de cidades próximas, como São Paulo e Osasco, que busca morar perto do local de trabalho.
Os imóveis mais procurados em Barueri são os apartamentos de até R$ 300 mil, de dois ou trêsdormitórios, a partir de 70 metros quadrados. O custo do metro quadrado na cidade também é atrativo, por volta de R$ 3,5 mil a R$ 4 mil, bem mais em conta do que se compararmos com os empreendimentos em Alphaville, que custam de R$ 5 mil a R$ 8 mil.
Segundo a corretora da Betta Imóveis, Bernadete Antunes Correia, que é corretora na região há 27 anos, o perfil do consumidor desse tipo de imóvel mudou muito nos últimos anos. “Atualmente, é muita gente jovem, geralmente em seu primeiro imóvel, seu primeiro financiamento, que utiliza o fundo de garantia, busca morar razoavelmente perto do trabalho e valoriza muito a estrutura de lazer oferecida pelo empreendimento”, aponta.
A especialista também afirma que o momento atual é positivo para os casais jovens, devido às facilidades de financiamento, e também para o investidor, que pode alugar o bem. “Hoje, o interessado pode dar uma entrada de R$ 30 mil e financiar o restante em 35 anos. É um bom negócio também para investidores, que compram apartamentos e depois alugam, já que o custo de aluguel de um apartamento de três dormitórios na região está por volta de R$ 1,5 mil.”
Flor vermelha que encanta
história da cidade de Barueri começou no século 16. Primeiro foi o aldeamento de Barueri, fundado em 11 de novembro de 1560 pelo padre José de Anchieta, que ergueu na margem direita do rio Tietê, pouco acima da confluência com o rio Barueri Mirim, a Capela de Nossa Senhora da Escada, hoje padroeira do município.
O nome Barueri deriva da mistura da palavra francesa barriére (barreira, queda, obstáculo) com o vocábulo indígena mbaruery (rio encachoeirado), significando, portanto, barreira que encachoeira o rio, visto que a área ficava na bifurcação do Anhembi, como era chamado o Tietê.
A aldeia de Barueri cresceu rapidamente, tornando-se um dos mais importantes aldeamentos de índios do Brasil colônia. Resistindo bravamente, com a ajuda dos padres jesuítas, aos freqüentes ataques de bandeirantes que desciam o rio Tietê em direção ao interior, aprisionando índios para mão de obra escrava, a aldeia conseguiu sobreviver.
Barueri foi governada como aldeamento pela Câmara Municipal de São Paulo de 1560 até 1809, depois como freguesia e distrito pela Câmara Municipal de Santana de Parnaíba. Com o decorrer dos anos e o notório crescimento, a aldeia chegou a povoado e, posteriormente, já em 1809, à categoria de freguesia.
Em 1870 iniciou-se a construção da estrada de ferro Sorocabana, e em 1875, com a inauguração do primeiro trecho, Barueri ganhou sua estação ferroviária, tornando-se importante entreposto de cargas, rota obrigatória na ligação da capital de São Paulo com Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus.
Em 1900, foi construída a barragem da Light e Power Company Ltda em Santana de Parnaíba. Para o transporte dos equipamentos da usina da estação da Sorocabana até Parnaíba tornou-se necessária a abertura da rua Duque de Caxias, como alternativa para se evitar a íngrimidade da ladeira da Rua Campos Sales.
Em 1917, Barueri torna-se Distrito Policial e em 1918 Barueri é elevada à categoria de Distrito de Paz, com subprefeito indicado.
No início do século 20, Barueri, assim como a cidade de São Paulo, recebeu imigrantes vindos da Europa e Ásia, a maior parte deles japoneses.
Em 1936, foi instalada a primeira indústria da região, o Frigorífico Pisani.
O espírito autonomista não tardou a surgir entre os cidadãos e o movimento emancipacionista ganhou vulto, culminando com a criação do município de Barueri pela lei número 233, de 24 de dezembro de 1948, sancionada pelo então governador do estado Adhemar de Barros.
Em 26 de março de 1949 instala-se o governo municipal e a primeira câmara de vereadores.
Em 8 de dezembro de 1964 é promulgada a lei que instala a comarca de Barueri. O desenvolvimento econômico de Barueri ganhou força a partir de 1973, quando a câmara municipal aprovou a lei de zoneamento industrial que permitiu o surgimento de polos empresariais como os de Alphaville, Tamboré e Jardim Califórnia e, mais recentemente, o distrito industrial do Votupóca.
Brasão
O escudo redondo, ou ibérico, que representa a cidade era usado em Portugal à época do descobrimento do Brasil e a sua adoção representa homenagem do município de Barueri aos primeiros colonizadores e desbravadores de nossa Pátria.
O blau (cor azul) simboliza a justiça, beleza, doçura, nobreza, recreação, vigilância, serenidade, constância, dignidade, firmeza, incorruptibilidade, zelo e lealdade, atributos do município e dos administradores.

ARRASTÕES EM CONDOMÍNIOS



25/03/2013-03h00

Ladrão chamou morador de "pé de chinelo" em arrastão nos Jardins


DO "AGORA"
DE SÃO PAULO                                                                                                                                     Um dos moradores vítima do prédio alvo do "arrastão" anteontem disse ter sido chamado de "pé de chinelo" por um dos criminosos.
Jardins tem segundo arrastão a prédio em menos de 24 horas
Grupo utilizou armas de guerra para fazer arrastão em edifício nos Jardins
Isso porque, segundo o morador (que pediu para não ser identificado), os ladrões conseguiram levar dele apenas R$ 1.000 em dinheiro e joias de pouco valor.
Ainda de acordo com ele, sua abordagem se deu no elevador quando desceu para buscar um lanche. O morador disse que houve algum erro de planejamento por parte do grupo "porque ninguém aqui é milionário".
"Eles ficaram decepcionados, já que tiveram muito trabalho para um resultado que não foi o esperado. Um deles falou para outro morador que eu era um pé de chinelo", afirmou. O morador contou ainda que os principais alvos dos bandidos eram joias e dinheiro. Por isso, eles não ligaram para notebooks e tablets.
Ainda segundo a vítima, os assaltantes não foram agressivos e até agradaram as crianças reféns. "Eles foram, na medida do possível, educados. Deram água e pirulito para as crianças e não amarraram nem ameaçaram ninguém."
No prédio, de acordo com vizinhos ouvidos pela reportagem, mora uma delegada. O filho dela, que também pediu anonimato, disse que a mãe estava viajando e que ele chegou 20 minutos após o crime. "Eles conheciam a rotina do prédio, a profissão dos moradores e quem estaria ou não em casa nesse horário."
ARRASTÃO
Um grupo de pelo menos dez homens invadiu um condomínio de alto padrão na alameda Jaú, nos Jardins, na noite de sábado (23), equipados com pistolas e fuzis. O porteiro abriu os portões porque todas as características de um carro, incluindo as placas, eram idênticas às de um Honda Fit de um morador.
Pelo menos dez pessoas --entre moradores, visitantes e funcionários-- foram feitas reféns durante as três horas de ação dos bandidos. Um morador de cada vez era levado para abrir o apartamento para ser vasculhado. Foram levados cerca de R$ 10 mil em dinheiro (incluindo euros e dólares), além de joias, relógios, celulares e carteiras (com cartões bancários). Ninguém se feriu.
OUTRO CASO
No dia 1º de março, cinco homens usaram uniformes da Polícia Federal para assaltar um condomínio na Liberdade, no centro de São Paulo. Um zelador e moradores foram feitos reféns. Foram roubados celulares e uma quantia em dinheiro não informada. O bando levou os computadores com imagens das câmeras de segurança. Ninguém foi preso.
2012
No ano passado, ao menos 17 casos foram registrados pela Polícia Civil, a maioria deles na zona oeste e região central de São Paulo.
No dia 10 de setembro, bandidos aproveitaram o feriado prolongado para roubar um prédio de alto padrão, na zona leste da capital. O porteiro autorizou a entrada de uma integrante da quadrilha, que dirigia um carro igual ao de uma moradora. Oito homens em dois veículos entraram na sequência, armados com pistolas e fuzis. Três das 12 unidades foram roubadas.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Arrastão

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domingo, 24 de março de 2013

PESQUISADORES E FRAUDES


estadao.com.br (© Grupo Estado - Copyright 1995-2010 - Todos os direitos reservados.)
 
Atualizado: 24/03/2013 02:02 | Por HERTON ESCOBAR, estadao.com.br

Aumento de fraudes em pesquisas preocupa cientistas no mundo todo

"É uma coisa tão horrorosa e tão incômoda que, por muito tempo, preferimos acreditar que o problema não existia...

 

 


 


"É uma coisa tão horrorosa e tão incômoda que, por muito tempo, preferimos acreditar que o problema não existia. Mas ele existe, e estamos lidando de frente com ele agora."
A afirmação, do biofísico Paulo Sérgio Beirão, reflete bem o momento de enfrentamento vivido entre cientistas e aquele que provavelmente é o maior fantasma de sua comunidade: a prática de fraudes na ciência. O número de casos relatados de plágio, falsificação e até fabricação (invenção) de resultados em trabalhos científicos vem aumentando significativamente nos últimos anos, deixando no ar a sensação de que uma "epidemia de fraudes" está se espalhando pelo outrora inabalável universo da integridade científica.
Uma das causas seria o maior acesso à internet e a softwares, que facilitam tanto a prática quanto a detecção de fraudes.
As estatísticas mais alarmantes vêm dos Estados Unidos. Segundo dados divulgados em dezembro pelo Escritório de Integridade em Pesquisa (ORI, em inglês) do Departamento de Saúde do governo americano, o número de trabalhos retratados nos últimos dez anos só nas ciências biomédicas aumentou 435% - levando em conta artigos listados na base PubMed, referência bibliográfica internacional para pesquisas nessa área. No ano passado, 375 artigos da base foram retratados, comparado a 271 em 2011 e a 70, em 2003.
Criado há 20 anos, o ORI é encarregado de investigar denúncias de fraudes cometidas por cientistas que recebem recursos dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA. O escritório recebe uma média de 198 denúncias por ano, das quais 36% resultam em condenação. Em 2011, segundo o relatório anual mais recente, foram recebidas 240 denúncias, e dentre as 29 investigações concluídas, 13 (44%) resultaram em um veredicto de culpa.
Números da Web of Science, a biblioteca digital que cataloga artigos das melhores revistas científicas do mundo, contam uma história semelhante, com um aumento significativo no número de retratações ao longo da última década. Só nos últimos dois anos, cerca de 800 trabalhos relacionados na base foram retratados, segundo estimativas divulgadas pelo site Retraction Watch, que publica diariamente notificações sobre pesquisas retratadas no mundo todo.
Trabalhos retratados são removidos da literatura e deixam de ter validade científica. A retratação não significa que tenha havido má fé por parte dos autores, mas é frequentemente relacionada a casos de má conduta.
No Brasil. Os sintomas dessa "epidemia" ainda são amenos no Brasil, mas as agências reguladoras e de financiamento estão atentas ao problema e já se preparam para um agravamento no quadro local de denúncias.
Beirão está na linha de frente desse movimento. Ele é o presidente da Comissão de Integridade na Atividade Científica (Ciac) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), criada há um ano para lidar especificamente com esse assunto. Cabe à Ciac estabelecer regras de boas práticas e de conduta ética na atividade científica, assim como analisar denúncias de possíveis violações dessas regras, quando elas envolvem pesquisadores ou projetos financiados pelo CNPq.
"O número de denúncias não é muito grande, mas já aumentou desde a criação da comissão", relata Beirão, que também é professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq. "Toda denúncia que chega é investigada, além de casos que nós detectamos por conta própria."
Na primeira reunião da Ciac, em julho de 2012, foram analisados quatro casos, incluindo três acusações de plágio e uma, de má conduta ética. "Em todos os casos, medidas prévias de punição já haviam sido tomadas e a Ciac decidiu por enviar notas de repreensão aos denunciados", informou a comissão.
Sete meses depois, na segunda reunião, realizada no início deste mês, foram dez casos, incluindo quatro acusações de plágio, uma de falsificação de resultados e cinco, de má conduta ética.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) trilha um caminho similar, iniciado em setembro de 2011 com a publicação de um Código de Boas Práticas Científicas, que estipula princípios fundamentais de integridade na ciência e determina regras e prazos para investigação de possíveis casos de má conduta. O código tem implicações diretas para todos os pesquisadores e instituições que recebem recursos da Fapesp.
"Em toda entidade de pesquisa deve haver um órgão exclusivamente encarregado de receber alegações de más condutas científicas relacionadas a pesquisas nela realizadas, avaliar seu grau de fidedignidade e especificidade e, se for o caso, iniciar e coordenar a investigação de fatos alegados", diz o código.
"A responsabilidade principal é das instituições; a Fapesp só intervém quando considera absolutamente necessário", complementa o filósofo Luiz Henrique Lopes dos Santos, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro da Coordenação Adjunta da Diretoria Científica da Fapesp.
Desde o lançamento do código, a Fapesp já abriu 14 processos administrativos por má conduta científica, incluindo 8 por plágio, 3 por falsificação de dados de pesquisa, 1 por plágio e falsificação de dados, 1 por falsificação de dados curriculares e 1 por quebra de sigilo de assessoria ad hoc. Desse total, sete processos continuam em andamento e sete foram finalizados - dos quais quatro resultaram em declaração de culpa e punição.
Gravidade. "A situação é mesmo preocupante", reconhece Santos. "Todas as instituições e todas as agências estão atentas a isso." Segundo ele, é importante que todas as denúncias sejam investigadas, mesmo que sejam anônimas. "Não importa quem fez a denúncia ou porquê. Se encontrarmos um bilhete debaixo da porta dizendo que há fraude numa pesquisa, vamos investigar. Não dá para ignorar nada."
Tanto Santos quanto Beirão, porém, enfatizam que as investigações devem ser conduzidas com respeito aos acusados e garantindo a eles amplo direito de defesa. A apuração dos fatos, segundo eles, é essencial para proteger a reputação dos pesquisadores, caso eles tenham sido acusados injustamente.
Mesmo nos casos em que o pesquisador for considerado culpado, as consequências devem ser avaliadas com cuidado. "As punições precisam ser dosadas muito bem, para não cometer injustiças", afirma Beirão. "Se a punição for muito leve, torna-se inócua; se for pesada demais, pode destruir para sempre a carreira do pesquisador."
Ambas as agências estão avaliando o que fazer com relação à divulgação - ou não - dos nomes dos pesquisadores culpados de má conduta. As punições podem variar desde uma nota de repreensão até o cancelamento de bolsas e exigência de ressarcimento dos recursos públicos empenhados na pesquisa.

sábado, 23 de março de 2013

ABORTO !!

SOBRE O ABORTO !!!

Segundo dom Petrini, a mulher tem direito à autonomia sobre sua vida, mas não pode dispor da vida do filho, e que isso não é questão de fé. 'Ele não é um amontoado de células como a unha ou o cabelo que se pode cortar, ele só está abrigado nela. Se preza a dignidade da mãe, mas esquecem da dignidade do bebê. Não é questão de fé, é de avanço científico', disse.

sexta-feira, 22 de março de 2013

BOATE KISS - INQUERITO

  • Acusados por tragédia na boate Kiss poderão ir a júri popular. Tragédia ocorrida na madrugada de 27 de janeiro, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, foi considerada a maior da história no Estado e teve repercussão mundial.
    Saiba mais: http://on-msn.com/11rjKvP
    Acusados por tragédia na boate Kiss poderão ir a júri popular. Tragédia ocorrida na madrugada de 27 de janeiro, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul, foi considerada a maior da história no Estado e teve repercussão mundial.
Saiba mais: http://on-msn.com/11rjKvP

sábado, 16 de março de 2013

COMER BEM ... RUBAYAT - BRANDADA DE BACALHAU

A Brandada de Bacalhau

 

Fonte: Profood Solutions Consultoria de Restaurantes

Ingredientes

  • 400 grama(s) de bacalhau desfiado dessalgado
  • 500 grama(s) de batatas para o purê
  • 1 xícara(s) de chá de azeite de oliva
  • 1 colher(es) de sopa bem cheia de alho picado frito
  • Sal e pimenta-do-reino a gosto
  • 1 xícara(s) de chá de creme de leite
  • 250 grama(s) de queijo parmesão ralado

Modo de preparo

Se o bacalhau estiver salgado, coloque-o numa tigela com bastante água e deixe de molho por cinco horas. Troque a água de uma em uma hora. Depois desfie e reserve.

Numa panela, coloque as batatas descascadas, cubra com água e leve ao fogo alto. Quando ferver, abaixe para fogo médio e deixe cozinhar por 30 minutos ou até que estejam macias. Deixe esfriar e amasse com um garfo ou passe pelo espremedor ou uma peneira até obter um purê de batatas.

Para fazer o alho torrado moído, leve ao fogo bem baixo o alho e o azeite, deixe até dourar e junte ao bacalhau. Adicione depois o creme de leite e metade do parmesão. Bata com um batedor até obter uma mistura cremosa.

Coloque a brandada em uma assadeira, salpique o restante do parmesão por cima e leve ao forno alto (temperatura de 250ºC a 300°C), por cerca de 20 a 30 minutos ou até que a cobertura fique dourada. Dica do chef: uma salada de cebola roxa, salsinha, azeitona e tomate cereja acompanha muito bem este prato.

Receita do restaurante Figueira Rubaiyat
Rua Haddock Lobo, 1.738, São Paulo, SP
Tel.: (11) 3087-1399

segunda-feira, 11 de março de 2013

MÉRCIA NAKASHIMA

ualizado: 11/03/2013 02:03 | Por Tiago Dantas e William Gonçalves, estadao.com.br

Ao vivo, júri do caso Mércia Nakashima começa nesta segunda-feira

Acusado de assassinar a ex-namorada, o advogado Mizael Bispo de Souza alega inocência e terá o julgamento exibido pela TV, rádio e internet

 

 

 

Ao vivo, júri do caso Mércia Nakashima começa nesta segunda-feira
"Advogada foi vista pela última vez na tarde de 23 de maio de 2010 na casa da avó"
O advogado e ex-policial militar Mizael Bispo de Souza, de 43 anos, começa a ser julgado hoje em Guarulhos, Grande São Paulo, pela morte da sua ex-namorada, Mércia Mikie Nakashima. Será a primeira vez no País que um júri será transmitido ao vivo por emissoras de rádio, TV e internet.
Ao longo dos próximos dias, acusação e defesa tentarão convencer os sete jurados de que o réu é culpado ou inocente. Enquanto a promotoria o considera "frio" e "psicopata", a defesa o classifica como "um príncipe", de "hábitos muito nobres".
Mércia e Mizael foram sócios em um escritório de advocacia e namoraram por quatro anos até setembro de 2009. A advogada foi vista pela última vez na tarde de 23 de maio de 2010 na casa da avó. Em 10 de junho, o carro dela foi achado na Represa Atibainha, em Nazaré Paulista. No dia seguinte, o corpo foi localizado.
O promotor Rodrigo Merli Antunes diz que o conjunto de provas lhe dá convicção de que Mizael cometeu o crime. Para o advogado Samir Haddad Júnior, as provas são frágeis e Mizael é "incapaz de matar alguém".
Um celular que, no início das investigações, o réu negou possuir é um dos principais trunfos da acusação. O ex-policial usou este número para falar 19 vezes com o vigia Evandro Bezerra da Silva, de 42 anos, apontado como cúmplice, no dia do crime.
A análise da localização das chamadas mostra que, naquele dia, Mizael esteve perto da casa da ex-namorada, no bairro Macedo; da residência da avó dela, no Bela Vista; do Hospital Geral de Guarulhos, onde teria encontrado Mércia; e de Nazaré Paulista.
A perícia do sapato que o ex-policial alega ter usado naquela noite encontrou vestígios de pólvora, sangue, massa óssea e alga. Os peritos concluíram que a alga também pode ser encontrada a uma profundidade de 20 centímetros da represa Atibainha. A profundidade seria alcançada por alguém que teve que entrar na água para empurrar um carro, segundo a promotoria.
Por fim, o relatório do GPS do veículo de Mizael mostrou que ele ficou estacionado no Hospital Geral de Guarulhos entre 18h37 e 22h12. A defesa alega que o aparelho era defeituoso e que Mizael estava em casa, no bairro Bonsucesso, às 21h21, quando recebeu um telefonema de sua filha. O promotor diz que esse telefonema foi atendido quando o réu voltava de Nazaré.
Na opinião de Antunes, Mércia e Mizael se encontraram no hospital às 19h e seguiram, no carro dela, para a represa. Ao chegar ao local, às 20h, Mizael atirou em Mércia, acertando seu maxilar. Depois, saiu do veículo e o empurrou para a água. Entre 20h e 20h30, Evandro o buscou e o levou de volta para o hospital.
Já Haddad Júnior tentará provar que a polícia não explorou todas as possibilidades na investigação. A defesa sustenta que o ex-policial ficou parado no hospital, pois teve um encontro com uma prostituta.
Preso desde 24 de fevereiro do ano passado, Mizael escreveu um livro com sua versão para o caso que pretende entregar aos jurados. Nele, reafirma sua inocência e se considera alvo de uma perseguição policial.
Sete das 11 testemunhas que devem participar do júri são peritos ou policiais. O botânico Carlos Eduardo Bicudo, por exemplo, foi chamado pela promotoria para falar sobre a alga encontrada no sapato de Mizael - e que é comum na represa onde o corpo da vítima foi encontrado.
Completam a lista o delegado Antônio de Olim, responsável pelas investigações, o engenheiro de telecomunicações Eduardo Amato, o irmão da vítima, Márcio Nakashima, e um advogado que acompanhou os depoimentos.
O perito Hélio Ramacciotti, que cronometrou o trajeto entre a represa e o Hospital Geral de Guarulhos, é testemunha do juízo. A defesa chamou o investigador Alexandre Simoni, responsável pela análise dos celulares dos acusados e da vítima, o perito Renato Patolli, que assinou o laudo, e mais três pessoas: um físico especializado em áudio e vídeo, um ex-perito do IC e uma amiga de Mizael.

sexta-feira, 1 de março de 2013

CURITIBA - MORTES NAS UTIS .

"Minha carreira profissional foi destruída", diz médica suspeita de homicídios em UTI em Curitiba

Rafael Moro Martins  - Do UOL, em Curitiba
  • Henry Milléo/Gazeta do Povo/Futura Press
    Virginia Helena Soares de Souza foi presa no dia 19 de fevereiro suspeita de antecipar mortes em UTIVirginia Helena Soares de Souza foi presa no dia 19 de fevereiro suspeita de antecipar mortes em UTI
  •  
"Minha carreira profissional foi destruída." Essa foi a frase ouvida pelo general da reserva Abelardo Prisco de Souza Junior, 63, irmão da médica Virginia Helena Soares de Souza, presa desde o último dia 19 suspeita de "antecipar mortes" na UTI (unidade de terapia intensiva) do Hospital Evangélico, segundo maior de Curitiba. Aberlardo, que vive em Santos (72 km de São Paulo), no litoral paulista, esteve em Curitiba na última terça-feira (26) para visitar a irmã, então presa numa unidade da polícia no Centro da cidade. "Evidentemente, ela está muito emocionada, abatida, mas muito segura, coisa que sempre foi", disse.
Segundo ele, a irmã sente-se julgada e condenada previamente pela imprensa. Por isso, o militar pediu ao repórter nome e telefones para contato antes de iniciar a conversa, por telefone. "Estou vendo minha irmã com a carreira médica destruída. Se a inocência dela for provada, quero ver se os meios de comunicação que a achincalharam vão se redimir", disse.
Inocência da qual ele não mostra dúvidas. "Eu conheço minha irmã. Acredito nela pelo que ela fala, pelo carinho que recebeu de pessoas cujas vidas salvou por ela. Na minha visão, que é a de quem a acompanhou a vida toda, Virginia é excessivamente profissional, abnegada, totalmente dedicada ao trabalho e ao Hospital Evangélico", disse.
"Minha irmã não é uma médica mercenária. Jamais aceitaria uma ordem para liberar um leito do SUS [Sistema Único de Saúde] para um paciente atendido por convênio. Só tem um emprego (na verdade, Virginia atua como prestadora de serviços, sem vínculo empregatício, no Evangélico), com dedicação exclusiva", afirmou Abelardo.
"Virginia não tem carro, vive num apartamento alugado em Curitiba. A insegurança patrimonial dela, aliás, sempre me inquietou. Ainda mais por conta da crise no Hospital Evangélico", disse. A instituição enfrentou seguidas greves de funcionários, nos últimos meses, por conta do atraso no pagamento de salários. "Mas ela seguiu na labuta."

"Falta de tato"

Virginia, 56, a caçula de três filhos, herdou o gênio forte do pai, segundo Abelardo, o irmão do meio. "Ela tem um temperamento muito difícil. Veio do meu pai essa forma mais severa, rude, de não aceitar incompetência, corpo mole, o erro, a vagabundagem. Você me perdoe pelo termo", falou Abelardo à reportagem do UOL.
O pai da médica fez carreira como conferente de cargas no Porto de Santos, o maior da América Latina. "Ele foi da Cia. Hamburg Sud, era muito respeitado pela forma como trabalhava.Uma vez, quando foi me visitar na Escola Militar, acharam que era [oficial] graduado, pelo porte, a voz, o aperto de mão forte. Mas não era militar", recordou.
"Virginia cresceu com o exemplo de meu pai. E, por essas características, esse temperamento forte, angariou muitos desafetos", disse. Ele mesmo se lembra de uma conversa em que a médica relatou uma suspensão de 30 dias do trabalho por "fumar em local inadequado e tratar de forma agressiva um colega de trabalho, por discordar da atitude profissional dele". "Os defeitos dela vêm da falta de tato, como dizemos no Exército", resumiu.
Uma ou duas vezes por mês, os irmãos se telefonavam. "Ela ligava para comentar os jogos do Santos, é santista de nascimento e de coração", contou Abelardo. A irmã mais velha é graduada em francês e piano – o filho de Virginia também seguiu a carreira na música, que leciona em Curitiba.

Médica é suspeita de cometer homicídios em hospital .

Revolta

Desde a prisão de Virginia, que chefiava a UTI geral do Evangélico desde 2006, dezenas de pessoas foram à polícia depor espontaneamente sobre o caso. Boa parte são pessoas que passaram a considerar suspeitas as mortes de pessoas queridas. Outro grupo foi prestar solidariedade e defender a médica – caso de uma costureira dela.
Do primeiro grupo, consta uma denúncia de que Virginia teria "antecipado a morte" do próprio marido, também médico intensivista, em 2006. "É um absurdo essa história", revoltou-se Abelardo. "Depois de visitar minha irmã na cadeia, fui ao hospital, e um dos diretores clínicos me disse que Virginia nunca atuou nesse caso. E que tentaram reanimá-lo por duas horas", falou.
O marido de Virginia morreu em decorrência de um câncer abdominal, que tratava havia dez anos. Só nos últimos dias de vida, porém, foi levado ao Evangélico – antes, chegou a estar inernado na UTI de outro hospital em Curitiba. A reportagem procurou o Evangélico. Nenhum médico quis conceder entrevista, mas a instituição informou que a médica estava em casa no dia da morte do marido.
Também causa revolta ao militar o erro cometido na transcrição das interceptações telefônicas feitas nas linhas da casa de Virginia – a própria polícia admitiu que grafou-se a palavra "assassinar" quando a médica disse "raciocinar". "Me parece má-fé. E, se for, desqualifica o trabalho [de investigação] que foi feito. Não sou idiota nem burro para desqualificar a polícia. Ela é necessária, e temos que esperar que seja a melhor possível. Mas é passível de equívocos, por ser formada por seres humanos."
Abelardo levanta outro ponto. "Assassinar não é uma palavra dita usualmente. As pessoas falam matar. Até minha esposa notou isso. Ela, aliás, está muito abatida, não aceita o que está acontecendo, acha que a coisa toda está sendo tramada [contra Virginia]", desabafou.

Angústia

Da visita que fez a irmã, na terça-feira, Abelardo guarda a imagem de uma pessoa angustiada. "Eu levei alguma coisa [para comer], mas ela não quis nada. Ela gosta muito de ler, mas disse que nem isso estava conseguindo. Virginia me contou que, uma noite, já madrugada, a caixa d'água do banheiro deu defeito e sala onde ela estava presa começou a inundar. Ela mesma pediu uma vassoura para limpar o chão, queria fazer qualquer atividade física. Porque a cabeça mesmo não parava, ela não conseguia se concentrar em nada."