sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ELOÁ - DRA. ANA LÚCIA ASSAD - PERFIL



Advogada de Lindemberg Alves tem aspirações políticas



"Foto mostra advogada Ana Lúcia Assad posando com a bandeira de Guarulhos"

SÃO PAULO - Termina nesta quinta-feira, 16, o julgamento de Lindemberg Fernandes Alves. A sentença do réu, acusado de assassinar a ex-namorada de 15 anos, Eloá Pimentel, em outubro de 2008, deve sair no final do dia. Nos três primeiros dias de julgamento, mais que Lindemberg, os holofotes foram direcionados para a advogada de defesa - uma mulher imponente, jovem, chamativa. No Fórum de Santo André, jornalistas que acompanham o caso chegaram a encontrar semelhanças dela com a cantora Amy Winehouse por causa da volumosa cabeleira. Ana Lúcia Assad, 35 anos, não se intimida: chama a mãe da vítima para testemunhar, muda de ideia em cima da hora, e provoca a juíza ao dizer que, já que não conhece a lei, ela 'deveria voltar à escola'. Ameaça, duas vezes, abandonar o caso e, quando deixa o tribunal, vestida em um colete à prova de balas e escoltada por dez policiais, é vaiada pelo público.

Por trás de todo esse espetáculo, pode haver também uma motivação política. Na foto que ilustra sua página no Facebook, com poucos mais de 300 amigos, Ana Lúcia posa segurando a bandeira do município de Guarulhos, onde nasceu e onde mantém escritório de advocacia. No mês passado, Ana Lúcia publicou fotos ao lado do prefeito Sebastião Alves de Almeida (PT) e de um vereador do PSB. Nas legendas, escreveu palavras de ordem como 'Por uma Guarulhos mais socialista' e 'Por uma Guarulhos mais democrática'. Um amigo fez piadinhas por causa do decote que ela ostentava nas fotos. Numa troca de mensagens, outro pergunta: 'Vai ser candidata?'. Ela responde: 'Sabe que é uma boa ideia!!!! Pré-candidata'.

Nascida em 1976, ela se formou no curso de Direito em 2000 pelas Faculdades Integradas de Guarulhos. É filha de José Carlos Assad, que foi delegado da polícia na cidade. Airton Trevisan, advogado que presidiu a OAB de Guarulhos de 2004 a 2009, conta que a moça, muito atuante desde os tempos da faculdade, sempre se dedicou ao Direito Penal, especializando-se no Tribunal de Júri. Ela já contabiliza 200 julgamentos.

Durante toda a gestão de Trevisan, Ana Lúcia Assad trabalhou voluntariamente na Comissão de Prerrogativas da OAB, cujo objetivo é fazer com que as garantias da profissão sejam respeitadas por juízes, advogados e promotores. Não é surpresa, portanto, que ela tenha tido confiança para confrontar a juíza Milena Dias ao questionar o 'direito da verdade real'. Ana Lúcia já deixou o cargo, mas hoje é um dos membros da Comissão de Direitos Humanos da Ordem.

Destaque entre os quase cinco mil advogados de Guarulhos, Assad é conhecida por sua postura corajosa. Segundo Trevisan, ela sempre se mostrou uma profissional combativa, que não se amedronta. O advogado João Luiz Rubira, também criminalista em Guarulhos, vai além: 'só por defender sozinha um caso praticamente indefensável, ela já é uma guerreira'.

Ana Lúcia é solteira, mas parece estar comprometida. No Facebook, Claudio Aquino exibe uma foto ao lado da advogada, e diz ser ela sua noiva.

Por Julia Bezerra, estadao.com.br, Atualizado: 16/2/2012 13:44


2 ) COMENTÁRIO PUBLICADO EM : dialogospoliticos

Ana Lúcia Assad : De advogada a ré


sexta-feira 17 fev 2012

Posted by dialogospoliticos in Atualidades, Justiça & Legislação, Saúde e Comportamento, Sociedade




Artigo

O furor midiático que envolveu o julgamento de Lindemberg Alves Fernandes deixou mais vítimas do que se imaginava em princípio. Além daquelas pessoas atingidas direta ou indiretamente pelo ato insano do rapaz, que não concordava com a separação decidida pela namorada, também sai chamuscada deste episódio a advogada de defesa, Ana Lúcia Assad. Não se está aqui a dizer ou sustentar que o acusado não cometeu o crime a que está sendo atribuída sua responsabilidade. Ao contrário, as provas parecem caminhar na direção de seu inevitável envolvimento com o fatídico desfecho: a morte de uma jovem e linda adolescente.

Mas o que se pode depreender desse teatral cenário revestido da solenidade do tribunal do júri? Afinal, o que faz uma advogada, profissional especializada que é chamada para operar, num dos momentos mais cruciais da vida de um acusado para fazer defesa, numa situação dentro de contexto aparentemente impossível? Caso perdido, diriam alguns. Outros falariam que não há qualquer chance ou possibilidade para a defesa. Outros afirmariam que, nesse caso, em especial, o julgamento é apenas mera formalidade, daquelas que precisam ser realizadas para que se ‘cumpra a tabela’, afinal, alia jacta est.

O episódio remete para reflexão sobre a árdua e difícil profissão de defensor. Mais ainda, a de mulher advogada; mais ainda, a de criminalista. Numa situação de favas contadas, ela e o já julgado e condenado réu. Sim, julgado e condenado, e por larga antecipação, afinal, as imagens repetidas e reiteradas das inúmeras cenas gravadas à época, seguidas e acompanhadas dos comentários dos especialistas de plantão, presentes aos múltiplos e diversos programas jornalísticos e televisivos, certamente já influenciaram os jurados, pessoas comuns, simples e leigas, extraídas através do lançar dos dados do seio da sociedade, e certamente já predispostas a decidir de forma a tornar efetiva e cortante a espada de Têmis.

Não é saudável que o profissional continue a receber das vozes anônimas das ruas a pecha de ‘defensora de assassinos’, que precise ser escoltada por policiais para poder se locomover como cidadã; profissional que, numa das horas mais negras de nossas vidas pessoais, pode vir a ser a única pessoa que tenha capacidade técnica, vontade e desejo de nos defender das garras e da voracidade de Estado poderoso, arrogante e plenipotenciário.

Vander Ferreira de Andrade é advogado criminalista, especialista, mestre e doutor em Direito, professor de Direito Penal e Coordenador do Curso de Direito da USCS.







 
 
 

 

ELOÁ : RÉU VAI A JULGAMENTO



Acusado de matar Eloá será julgado em fevereiro de 2011

DE SÃO PAULO

O julgamento de Lindemberg Alves Fernandes, acusado de matar a tiros a ex-namorada Eloá Pimentel, 15, em 2008, foi marcado para o dia 21 de fevereiro de 2011. A decisão do juiz José Carlos de França Carvalho Neto, da Vara do Júri e Execuções Criminais de Santo André (Grande SP), foi divulgada nesta sexta-feira.

ARQUIVO

Eloá Cristina Pimentel, 15, que foi baleada na cabeça após ficar cem horas rendida pelo ex-namorado em Santo André, na Grande SP
Quando a Justiça de Santo André decidiu que Lindemberg seria levado a júri popular, sua defesa tentou reverter a decisão, mas teve o recurso negado. Além do interrogatório do réu, serão ouvidas na mesma data 23 testemunhas, de acusação e defesa.

Lindemberg está preso na penitenciária de Tremembé (147 km de São Paulo) e responde pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio (contra Nayara Rodrigues, amiga de Eloá e que também foi rendida) e contra o sargento Atos Valeriano, cárcere privado e disparo de arma de fogo.

CRIME

O crime ocorreu em um conjunto habitacional do Jardim Santo André, em Santo André. Segundo a acusação, Lindemberg não se conformava com o fim do relacionamento com Eloá.

Na ocasião, a adolescente estava em companhia de três amigos --dois garotos liberados no mesmo dia e de Nayara que, apesar de ter sido libertada 33 horas depois, retornou ao apartamento no dia 16 de outubro.

No desfecho do caso, após Eloá ser mantida em cárcere por cerca de cem horas, a polícia invadiu o apartamento, alegando ter ouvido um tiro de dentro do imóvel e porque o comportamento de Lindemberg naquele dia estava bastante agressivo. O rapaz atirou contra Eloá e Nayara, causando a morte da ex-namorada e ferindo a amiga dela na boca.
 

AGRESSÃO


Equipe de afiliada da Globo é ameaçada com arma e agredida com socos em SC

Izabela Vasconcelos

Uma equipe de reportagem da RBS TV, afiliada da TV Globo em Santa Catarina, foi agredida enquanto investigava uma denúncia do Ministério Público (MP) contra empresários de Indaial, no Vale do Itajaí, nesta quinta-feira (6/1). O repórter Francis Silvy foi agredido com socos no rosto. Após a agressão, ele, o cinegrafista Márcio Ramos e seu auxiliar, Andrei Luiz, foram ameaçados com uma arma de fogo. Além disso, o vidro traseiro do carro da reportagem foi quebrado.

“Levamos socos e pontapés. Eles queriam pegar o equipamento, a gravação. Depois chegou um homem armado, que mostrou a arma pra gente, aí pensei ‘vamos ter que sair daqui antes de levar uma bala na cabeça’”, contou o repórter Francis Silvy.

A equipe estava no estacionamento do shopping atacadista Vitória Régia, gravando cenas externas, quando o dono do imóvel, Vilmar Gaio, o filho dele, Diego Gaio, e um segurança tentaram impedir a reportagem. O filho do empresário agrediu o repórter com socos e o segurança tentou intimidar a equipe com uma pistola.

Os profissionais da RBS se abrigaram no carro da reportagem, mas os três agressores fecharam o portão do estacionamento e quebraram o vidro traseiro do veículo. Assustada, a equipe conseguiu fugir por outro portão, que estava semi-fechado.

“Já fui agredido, mas nunca me vi diante de uma arma de fogo”, contou Silvy.

Após a agressão, a equipe registrou Boletim de Ocorrência e fez exame de corpo de delito.

A reportagem apurava denúncias do MP, de que cinco empresários da cidade entraram em um acordo para boicotar um shopping atacadista de Brusque. A matéria completa sobre a investigação será exibida no próximo domingo (9/1), no programa Estúdio Santa Catarina, após o Fantástico.

RBS TV.